Bolsa de Iniciação científica CNPQNeste trabalho, apresentaremos, de forma breve, os fundamentos da evolução química da Galáxia, fazemos uma revisão do problema das anãs G, na qual analisamos uma grande parte dos modelos propostos para explicar o problema, e finalmente, propomos um modelo para a evolução química da vizinhança solar, no qual consideramos a existência de três famílias de objetos galácticos, conforme o seu estado de condensação: estrelas, refugos e gás. Neste modelo, estrelas são definidas como todo objeto, com massa maior ou igual à massa mínima necessária para a ignição do hidrogênio, e que irá dar origem a uma trajetória no diagrama HR à esquerda do limite de Hayashi; os refugos incluem os remanescentes (objetos compactos resultantes da morte estelar) e os resíduos (objetos cuja massa não é grande o suficiente para queimar hidrogênio); gás é definido como toda massa que pode se condensar para formar estrelas e/ou resíduos. Sob a aproximação de perda de massa súbita, desenvolvemos equações para a evolução de massa de cada família e estudamos a distribuição de metalicidade predita por este modelo, adotando diversas condições iniciais, sob a aproximação de reciclagem instantânea. Em especial, investigamos o papel dos cometas como sorvedouros de metais (Tinsley & Cameron 1974). Os resultados mostram que o lento enriquecimento do meio interestelar pode ser razoavelmente explicado e indicam a importância de se considerar os refugos na solução para o problema das anãs G.