Trabalho de conclusão de graduação
Avaliação da qualidade microbiológica e atividade enzimática residual de açaís tipo fino
Autor
Cayres, Caroline Alves
Institución
Resumen
Amostras de açaí (Euterpe oleracea Mart.) tipo fino (ou popular, ou ainda, tipo C)
congeladas e sem adição de quaisquer outros ingredientes foram adquiridas no comércio
varejista da cidade do Rio de Janeiro. Foram analisadas microbiologicamente e quanto à
atividade enzimática residual 54 amostras de açaí, pertencentes a seis diferentes marcas
(A, B, C, D, E e F). Todas as amostras analisadas encontravam-se dentro do prazo de
validade estabelecido pelo fabricante, e as empresas eram registradas no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os microrganismos analisados foram:
Salmonella, Escherichia coli, fungos filamentosos e leveduras, de acordo com o
preconizado pela legislação brasileira vigente. O máximo permitido pela legislação
atual para a contagem de fungos filamentosos e leveduras em açaí é de 5 x 103 UFC/g.
De acordo com os resultados obtidos, 50% dos lotes e 33,3% das marcas apresentaram
contagem de fungos filamentosos e leveduras dentro do padrão preconizado pela
legislação, partindo-se do pressuposto que o açaí é in natura. Por outro lado, assumindo
que o açaí foi tratado termicamente, apenas 33,3% dos lotes e 16,7% das marcas estão
em conformidade com a legislação vigente. Apenas duas amostras apresentaram
contagens de Escherichia coli, ambas estando fora do máximo estabelecido pela
legislação vigente, que é de 1 UFC/g para coliformes termotolerantes . Constatou-se
ausência de Salmonella em todas as amostras analisadas. A presença de fungos
filamentosos, leveduras e E. coli pode ser um indicativo de práticas inadequadas durante
a fabricação do açaí. Assim, é importante ressaltar a necessidade de um controle
rigoroso da cadeia do frio, uma vez que esses microrganismos podem ser responsáveis
pela deterioração do produto. Com relação à análise da atividade enzimática residual,
tanto da enzima peroxidase, quanto da polifenoloxidase, as amostras de açaí
apresentaram baixa atividade (na ordem de 10-4U/g) de ambas as enzimas, indicando
uma possível fragilidade do método utilizado.