Observando o cenário recente do Poder Judiciário brasileiro, fica evidente a grande problemática do elevado número de processos judiciais em tramitação, causando grandes prejuízos a efetivação de princípios constitucionais do Direito Processual Civil, como o acesso à justiça e a duração razoável do processo. Dentro desse contexto, analisando especificamente o caso da Fazenda Pública em juízo, é possível encontrar dados que classificam a Fazenda Pública como o maior litigante do país, de forma que os efeitos mencionados a atingem especialmente. Nesse cenário, os métodos autocompositivos, como a mediação e a conciliação – que são fundamentados na solução de controvérsias por meio do consenso e sem a imposição de uma decisão por um terceiro – se apresentam como uma solução para essa problemática. Contudo, apesar do grande estímulo legislativo nesse sentido – principalmente com o advento da Lei nº 13.140/15 –, grandes controvérsias doutrinárias e práticas surgiram recentemente acerca desse tema. Sendo assim, o objetivo central do presente trabalho é abordar e analisar as possibilidades do uso dos métodos autocompositivos de solução de controvérsias nos conflitos em que a Fazenda Pública esteja envolvida.