Trabalho de conclusão de graduação
Estrutura de galáxias HII
Registro en:
VAJGEL, Bruna. Estrutura de galáxias HII. 2007. 60 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Astronomia) - Observatório do Valongo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
Autor
Vajgel, Bruna
Institución
Resumen
Galáxias HII são galáxias do universo local, selecionadas a partir de placas de prisma objetivo, e estão sofrendo formação estelar violenta. Justamente devido a esta propriedade observacional, essa classe de galáxias foi alvo de extensos trabalhos espectroscópicos para caracterizar as condições físicas de seu meio interestelar. A alta taxa de formação estelar combinada com a baixa abundância de elementos pesados deduzida de seus espectros levanta a questão sobre se algumas delas poderiam ser galáxias verdadeiramente “jovens”. De qualquer forma, aparentemente essas são as galáxias próximas mais jovens, que podem ser estudadas em detalhe e suas propriedades estruturais oferecem uma indicação importante sobre a relação evolutiva e a origem das galáxias anãs no universo. Para podermos inferir a história de formação estelar em galáxias HII, necessitamos de informações em uma faixa espectral ampla. Para este projeto obtivemos imagens no visível nos telescópios de 0.60 m B&C e de 1.60 m do Laboratório Nacional de Astrofísica, para uma amostra de 42 objetos em quatro bandas fotométricas (B, V, R e I), que, combinadas com modelos recentes de síntese evolutiva, possibilitaram restringir a natureza da população e sua distribuição espacial. Com essa amostra construímos um catálogo morfológico com fotometria em banda larga. A análise inicial das propriedades morfológicas sugeriu que as galáxias podem ser classificadas em duas classes segregadas pela regularidade das isofotas externas e pela presença de perturbações, em consonância com o que já havia sido proposto na literatura: Tipo I são luminosas e têm envelopes irregulares ou perturbados, enquanto que galáxias do Tipo II são menos luminosas e tem isofotas externas regulares. Nosso trabalho também permitiu analisar o comportamento das galáxias HII na relação metalicidade-luminosidade para galáxias anãs. Essa relação é interpretada como uma relação entre a massa e a metalicidade para galáxias anãs de baixo brilho superficial (dSph e dIrr) e tem implicações diretas sobre sua formação e evolução e sobre as possíveis conexões evolutivas entre as galáxias HII e os outros tipos de galáxias anãs.