Trabalho de conclusão de graduação
Consumo excessivo de álcool em jovens nas capitais brasileiras: uma análise dos dados do VIGITEL-2020
Registro en:
ROSA, Rafael Fortunato Lisboa. Consumo excessivo de álcool em jovens nas capitais
brasileiras: uma análise dos dados do VIGITEL-2020. 2021. 32 f. Monografia (Graduação em Saúde
Coletiva) - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2021.
Autor
Rosa, Rafael Fortunato Lisboa
Institución
Resumen
Introdução: O uso de álcool por jovens tem crescido no Brasil e no mundo, sendo um tema
de extrema relevância para a Saúde Coletiva. O uso nocivo de tais substâncias acarreta
implicações em diversas esferas da vida do usuário, como interferência nas relações sociais, e
no desempenho acadêmico e profissional. Objetivo: Descrever a prevalência do abuso de
álcool em jovens de 18 a 24 anos residentes nas 26 capitais brasileiras e distrito federal no ano
de 2020. Método: Trata-se de um estudo transversal de base populacional que utilizou dados
da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel). O Vigitel é um inquérito realizado nas 26 capitais brasileiras e no
Distrito Federal em indivíduos adultos (com 18 anos ou mais) que possuem linha telefone
fixa. No presente estudo foram avaliados os dados de 2.077 jovens com idade entre 18 a 24
anos que participaram do Vigitel no ano de 2020. A prevalência de abuso de álcool foi
estimada segundo sexo, cor da pele, sexo, idade estado de saúde raça/cor da pele, anos de
escolaridade e autoavaliação do estado de saúde. Todas as análises foram realizadas
considerando o peso amostral utilizando software estatísticas SAS 9.4. Resultados: A maior
parte da amostra era do sexo masculino (53,3%), com escolaridade de 9 a 11 anos de estudo
(59,4%). Aproximadamente30% dos jovens avaliaram seu estado de saúde como muito
ruim/ruim ou regular. A prevalência de abuso de álcool em brancos foi de prevalência de
27,5%, e em jovens negros (pretos e pardos) a prevalência foi de quase 50%. Outro dado que
chama atenção é a prevalência de abuso de álcool de 30,6% na população indígena.
Conclusão: É necessário olhar para essa população jovem para que se diminuam as
frequências de uso abusivo de álcool e prevenir doenças futuras, não se esquecendo dos
subgrupos de maior risco como pretos, pardos e indígenas.