Trabalho de conclusão de graduação
O manual e a escrita da história da educação: sobre lições, ensino e aprendizagens
Registro en:
CALHEIROS, Raiza Maia. O manual e a escrita da história da educação: sobre lições, ensino e aprendizagens. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Autor
Calheiros, Raiza Maia
Institución
Resumen
O presente trabalho estabeleceu interlocuções com um conjunto de pesquisas
que, igualmente, escolheu problematizar os manuais de história da educação e suas
relações com as tentativas de produzir sentidos para o passado educacional (GONDRA
e SILVA, 2010; GONDRA e SILVA, 2011; ROBALLO, 2012; SILVA; GONDRA,
SILVA e MENEZES, 2015). Nessa linha, de modo mais específico, no capítulo I foram
apresentadas as “Lições a ensinar sobre o passado educacional” com o foco numa
experiência de escrita: a História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil – de
Maria Lúcia Arruda Aranha – trabalhando com a 1ª e a 3ª edições (1989 e 2006,
respectivamente).
A partir, e em função, desse recorte problematizador empreendido foi possível
realçar as aproximações e distanciamentos perscrutados entre a 1ª e a 3ª edições do
manual de História de Educação de Arruda Aranha. Com ênfase nas características
editorais constantes às duas edições analisadas e na função autoral como princípio de
agrupamento de discursos e/ou foco de coerência (GONDRA e SILVA, 2010) buscouse, analisar o padrão narrativo constante ao manual, princípios considerados
orientadores à narrativa.
Ao lado dessas reflexões, no Capítulo II, foi construída uma investigação de:
“Uma lição específica: notas para pensar o Manifesto dos Pioneiros da Educação
Nova”, acontecimento que comparece obrigatoriamente nos manuais dedicados à
formação dos educadores na discussão. Para tal empreendimento, os aportes teóricometodológicos escolhidos foram Nunes (2004) e Veiga (2004) que se debruçaram sobre
o Manifesto; Hobsbawm & Ranger (1984) e Albuquerque Junior (2007). A partir de
uma abordagem marginal sugerida por Clarice Nunes (2004), pretendeu-se dialogar com
o Manifesto, criando ao mesmo tempo um lugar específico: o da margem, isto é, um
lugar de fronteira entre o documento e o que se disse dele.