Trabalho de conclusão de graduação
Destinação de resíduos plásticos no Brasil
Autor
Gomez, Frederico Loeffler Vidal Villar
Institución
Resumen
O gerenciamento de resíduos sólidos é tema fundamental da gestão pública de saúde e meio ambiente. Notadamente, a fração de resíduos sólidos plásticos revela-se uma categoria importante, tanto pelo volume gerado no país, quanto pela sua representatividade global, sendo a segunda maior categoria de resíduos sólidos gerado no país. Neste contexto, o Brasil desponta como o quarto maior gerador de resíduos plásticos no mundo. A utilização de plásticos traz inúmeros benefícios à indústria e aos consumidores, como associarem resistência, versatilidade e baixos custos. Em contrapartida alguns produtos possuem vida útil curta e podem demorar até 400 anos para degradarem-se quando descartados no meio ambiente, levando a impactos ambientais e à saúde humana. O presente estudo analisou o cenário do segmento de resíduos sólidos brasileiro com enfoque em resíduos plásticos. Fundamentado na análise dos impactos ambientais, da legislação vigente e das tecnologias para destinação dos resíduos plásticos. Dentre os principais desafios levantados para o gerenciamento dos resíduos plásticos estão: produtos com vários compostos plásticos, dificuldade de identificação da resina que compõem o material para a segregação correta, não especificidade da lei quanto as ações de cada agente dentro da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, fatores comportamentais e elevado investimento inicial de estações de tratamento. Portanto, concluiu-se que as seguintes medidas são necessárias: aprimorar leis, com divisão das responsabilidades mais explícita e incentivos econômicos e fiscais para bens reciclados, educar os consumidores sobre a reciclagem e seus benefícios, informar sobre os impactos ambientais e à saúde pública, facilitar a participação da população, por meio de um design de produto que facilite a segregação e criação de mais pontos de coleta seletiva e, finalmente, o governo deve buscar pluralidade de interesses, tomando medidas para alcançar o equilíbrio econômico e socioambiental.