Trabalho de conclusão de graduação
Interpretação da distribuição de corpos sedimentares na Bacia do Parnaíba (andar Alagoas)
Autor
Picco, Giovanni de Miranda
Institución
Resumen
A Bacia do Parnaíba é uma das bacias interiores do Brasil localizada na região nordeste do país. Nesse trabalho, o alvo de estudo é o Período Cretáceo dessa bacia, no qual o andar Alagoas está inserido. O interesse no intervalo Alagoas nessa região existe graças à analogia e similaridade litológica entre os estratos na Bacia do Parnaíba com as unidades cronocorrelatas nas bacias existentes na margem continental brasileira representada pelo Pré-Sal. O andar Alagoas é registrado por 3 unidades geológicas distintas, sendo a
Formação Corda composta por arenitos vermelhos associados à um ambiente desértico eólico, a Formação Grajaú composta por arenitos mais claros e folhelhos tratada como um ambiente lacustre e flúvio-deltaico e a Formação Codó composta por siltitos, gipsita/anidrita, arenitos, folhelhos e calcários de um ambiente lacustre e flúvio-deltaico. A disposição desses corpos sedimentares ainda não é totalmente compreendida, assim como o empilhamento dessas unidades. Logo, esse trabalho tem como objetivo executar uma correlação estratigráfica e um mapeamento estratigráfico em subsuperfície dentro do intervalo Alagoas por meio de perfis litológicos e perfis elétricos (perfil de raio gama) a fim de compreender a distribuição das unidades na Bacia do Parnaíba e promover interpretações geológicas a partir dos resultados obtidos. A metodologia baseou-se no uso de 43 perfis compostos disponibilizados pela ANP na região e 4 pela bibliografia, além dos softwares ArcGis 10.6, Geosoft Oasis Montaj e Corel Draw X6. Com o auxílio dos perfis compostos adquiridos, foram delimitados horizontes e intervalos estratigráficos por meio dos perfis litológicos criando mapas de contorno estrutural x isópacas para cada formação do intervalo Alagoas e para o intervalo salino, uma seção geológica do intervalo Alagoas, uma análise sobre a interdigitação entre as Formações Codó e Grajaú e uma modelagem das Formações Codó e Grajaú. Os mapas de contorno estrutural x isópacas, as análises sobre a
interdigitação e a modelagem tiveram seus horizontes e intervalos estratigráficos definidos pela descrição dos geólogos dos poços nos perfis litológicos coletados pela ANP e pela bibliografia. A partir da seção geológica, foi feita uma seção estratigráfica com base na análise do perfil elétrico de raio gama dos poços resultando na criação de um datum estratigráfico, quatro eletro-horizontes de correlação e três eletro-intervalos. Com a criação dos mapas, da seção estratigráfica e da análise sobre a interdigitação das Formações Codó e
Grajaú, foi possível realizar interpretações geológicas e compreender a distribuição da Formação Codó, Corda, Grajaú e o intervalo salino no intervalo Alagoas na área de estudo.