Trabalho de conclusão de graduação
Estudos geoquímicos comparativos de granitos tardi a póscolisionais do segmento central do orógeno Ribeira no estado do Rio de Janeiro
Autor
Teixeira, André Gaspar Parente
Institución
Resumen
No presente relatório foi conduzido o estudo comparativo dos aspectos geoquímicos e
petrográficos de corpos graníticos tardi a pós-colisionais do segmento central do Orógeno
Ribeira no estado do Rio de Janeiro. Foram estudados os seguintes corpos plutônicos: Pedra
Branca; Favela/Andorinha; São José do Ribeirão; São Pedro; Parati; Mangaratiba; Conceição
de Jacareí; Frades e Nova Friburgo. São corpos em geral arredondados, intrudindo rochas
geradas durante a Orogenia Brasiliana - Pan africana, formados após o período de máxima
deformação. Estes corpos possuem enclaves de litotipos máficos, estruturas de fluxo
magmático e mistura mecânica. São basicamente sieno a monzogranitos e apresentam
mineralogia pouco variável, compostos por feldspato potássico, plagioclásio, quartzo e biotita,
podendo apresentar homblenda, como fases essenciais, e apatita, allanita, titanita, zircão e
minerais opacos como as fases acessórias mais comuns. Características geoquímicas indicam
um magmatismo álcali-calcico a cálcio-alcalino de altíssimo K, pertencente ao grupo ferroso ,
metaluminoso a fracamente peraluminoso, enriquecido em Fe2Ü3, Ba e Zr, além de ETRL. Os
processos reinantes na câmara magmática durante a gênese de tais corpos foram os de mistura
de magmas, cristalização fracionada e assimilação. O diagrama Spider normalizado para crosta
continental média de Weaver & Tamer (1984) denota através de um padrão pouco fracionado ,
o enriquecimento de até 1 O vezes o valor médio da crosta continental, enquanto que o diagrama
para ETR mostra um padrão em gaivota clássico de granitos, com discreta anomalia negativa
de Eu e valores de ETRL variando de 100 a 1000 vezes o condrito. Diagramas discriminantes
de ambientes tectônicos sugerem um trend de evolução magmática gerador de rochas nos
estágios tardi a pós-colisionais, com a possibilidade de algumas terem sido geradas
sincronicamente à colisão, com uma relevante herança de arco. Segundo parâmetros propostos
por Chapell & White (2001 ), as rochas estudadas tendem a possuir características pertinentes
principalmente a granitos do tipo-1. Os aspectos observados no presente trabalho estão de
acordo com os apresentados por Junho (1990), Mendes et ai. (2002) e Ludka et ai. (2006) ,
tomando-se viável a utilização do termo Província Granitica Pós-Colisional do Rio de Janeiro
(PGPCRJ), com a finalidade de denotar as similaridades geoquímicas, petrográficas e
geocronológicas dos corpos graníticos do Rio de Janeiro, bem como lhes conferir um caráter
regional, podendo sugerir uma gênese comum para estes corpos. Contudo, estudos,
principalmente de cunho isotópico, ainda são necessários.