Trabalho de conclusão de graduação
Revisão do estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) sobre o custo de carregamento das reservas internacionais para o caso brasileiro
Autor
Quintal, Maria Clara Teixeira
Institución
Resumen
O nível de reservas internacionais do Brasil cresceu de maneira acentuada entre o os
anos de 2006 e 2012, aumentando cerca de sete vezes. Ao final de 2005, encontrava-se no
patamar de US$ 53,8 bilhões, passando para US$ 373,1bilhões, em dezembro de 2012,
mantendo uma trajetória estável desde então, atingindo o montante de US$ 374,7 bilhões em
2018. Tendo em vista que a manutenção de um excesso de reservas gera custos fiscais e sociais
ao país, o objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão sobre o estudo publicado pela
Instituição Fiscal Independente (IFI) que analisa o nível ótimo de reservas da segundo várias
métricas disponíveis, bem como o custo de carregamento associado às mesmas. Este estudo,
realizado em março de 2017 utilizou dados até o final de 2016. Dados mais recentes permitem
reavaliar as tendências identificadas naquele estudo, permitindo matizar ou até mesmo rever
algumas conclusões.
Dado o atual cenário de crise fiscal, muitos economistas discutem a possibilidade de se
realizar uma gestão mais eficiente, através da utilização do excedente (caso este seja
verificado), para o resgate de parte da dívida pública. Além disso, também podem ser utilizadas
para promover investimentos em infraestrutura, estimulando a economia doméstica ao gerar
emprego, renda e consumo.
Entretanto, chega-se à conclusão de que, mesmo o montante de reservas acumuladas
seja superior ao nível ótimo, como é sinalizado por diferentes métricas analisadas, no momento
atual, tal patamar gera um custo-benefício positivo, dada a desvalorização cambial dos últimos
dois anos e a perspectiva de continuidade dessa tendência.