Trabalho de conclusão de graduação
Análise de Estruturas Rúpteis Associadas a Derfomações Neotectônicas na Região Centro-Norte do Estado do Espírito Santo
Autor
Miranda, Diogo Justa de
Institución
Resumen
Este trabalho tem por objetivo analisar conjuntos de estruturas rúpteis em depósitos sedimentares cenozóicos na porção emersa da bacia do Espírito Santo, na região centro-norte do Estado do Espírito Santo. Busca-se uma correlação entre eventos neotectônicos e os principais padrões de lineamentos estruturais na região, como forma de contribuir para a compreensão da evolução tectônica cenozóica da margem continental. O arcabouço estrutural da área de estudo é condicionado por um importante conjunto de estruturas de orientação NNW-SSE a NW-SE, de idade proterozóica, correspondente ao Lineamento Vitória-Ecoporanga ou Faixa Colatina. A partir de modelo digital de elevação, foram confeccionados um mapa de lineamentos e um mapa hipsométrico, ambos em escala 1:250.000, como auxílio para a identificação das principais linhas de fraqueza estrutural. Estes mapas orientaram a coleta de dados de estruturas rúpteis (juntas e falhas) afetando os depósitos cenozóicos, priorizando-se, nesta etapa, a coleta de pares falhas/estrias. Os dados estruturais foram classificados quanto ao tipo e orientação das estruturas e unidades estratigráficas afetadas, para a análise dos campos de paleotensões segundo o método dos diedros retos. O principal padrão reconhecido de estruturas tectônicas corresponde a falhas normais, por vezes apresentando componente dextral, com direção preferencial NW-SE a WNW-ESE, afetando depósitos das formações Rio Doce (Eoceno-Mioceno) e Barreiras (Mioceno-Plioceno), e sedimentos supostamente pleistocênicos. Indicam distensão máxima de orientação NE-SW, compatível com evento de transcorrência dextral E-W, de idade pleistocênica. Conjuntos proeminentes de juntas com orientação NW-SE a NNW-SSE afetando as unidades terciárias foram correlacionados ao mesmo evento tectônico. Estas principais estruturas neotectônicas foram interpretadas como fraturas do tipo T de Riedel, em relação a este evento de deformação neotectônica.