Dissertação
Aspectos da biologia reprodutiva de Pterodroma arminjoniana (Giglioli & Salvadori,1869) (Aves: Procellariidae) na ilha da Trindade, Atlântico Sul
Autor
Silva, Giovannini Luigi da
Institución
Resumen
The Trindade Petrel Pterodroma arminjoniana (Giglioli & Salvadori, 1869), the only representative of the genus to breed in Brazil, was studied at the oceanic island of Trindade, South Atlantic (20º 30' S, 29º 19' W), between 1988 and 1993. According to the results obtained after 1270 hours of observations, the breeding habits of P. arminjoniana closely resembles those of other species of Pterodroma regarding the extensive incubation period, the slow growth of chicks and the irregular feeding of the young by the parents. At Trindade, P. arminjoniana breeds throughout the year inside small caves or among scattered rocks on the ground. The clutch is composed of a single egg which is incubated by both parents for 52 days. The chick is born fully covered by a thick layer of down, and it becomes independent in 100 days. Although a rather common bird in Trindade, P. arminjoniana may have been adversely affected by the human presence in the island, since some of its breeding grounds are quite vulnerable to pigs, cats and other introduced mammals. FBCN CAPES O petrel-de-Trindade, Pterodroma arminjoniana (Giglioli & Salvadori, 1869), único representante do gênero a reproduzir-se no Brasil, foi estudado na ilha da Trindade, Atlântico sul (20º 30' S, 29º 19' O), entre 1988 e 1993. Segundo os resultados obtidos após 1270 h de observação, essa espécie recorda outros representantes do gênero em vários aspectos de sua biologia reprodutiva, apresentando um extenso período de incubação do ovo, filhotes de lento crescimento e uma frequência bastante irregular de alimentação das crias. Em Trindade, P. arminjoniana procria durante todo o ano no interior de grutas ou entre aglomerados de rochas no solo. A postura consiste de um único ovo que é incubado por ambos os sexos ao longo de 52 dias. O filhote nasce completamente coberto por uma espessa camada de neóptilas e torna-se independente ao redor do 100º dia de vida. Embora ainda seja bastante comum em Trindade, P. arminjoniana pode ter sido afetada pela ocupação humana da ilha, já que parte de seus sítios de nidificação teria sido muito vulnerável à ação de porcos, gatos e outros mamíferos introduzidos no passado.