Trabalho de conclusão de graduação
Os condicionantes internos e externos para a compreensão dos rumos e viabilidade das políticas cambial e monetária a partir da primeira década republicana: 1889-1906
Autor
Cupello, Natália Cíntia
Institución
Resumen
Durante a primeira década republicana, o Brasil vivenciou as experiências da heterodoxia e da ortodoxia. O primeiro extremo ocorreu a partir da gestão do primeiro Ministro da Fazenda, Rui Barbosa (1889–1991), quando o expansionismo monetário foi levado às últimas conseqüências. A desvalorização cambial e a inflação que sucederam essas medidas foram vistas como conseqüências do excesso de emissão. Sob essa perspectiva, o extremo ortodoxo figurou-se a partir de 1898, enfatizando políticas estabilizadoras sinalizadas pela austeridade fiscal e monetária, o que culminaria no retorno ao padrão-ouro em 1906. O objetivo deste trabalho consiste em contrastar essa visão tradicional, refletida nas medidas adotadas a partir de 1898 para contorno da crise, com aspectos concretos da economia brasileira no período. Esses aspectos evidenciam características conjunturais e estruturais que limitam a veracidade da interpretação que atribui a causalidade direta do expansionismo monetário para a inflação, assim como tornam questionável a viabilidade em longo prazo das alternativas ortodoxa voltadas para o comprometimento com a rigidez monetária e fiscal.