Trabalho de conclusão de graduação
Influência das estruturas de “Private equity” no financiamento de pequenas e médias empresas
Autor
Lucena, Rafael de Figueiredo
Institución
Resumen
Demonstra a influência dos veículos de Private Equity e Venture Capital no desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro. Por desenvolvimento entende-se a capacidade de obtenção de recursos para empresas, e o crescimento do mercado de capitais de modo sustentável – considerando-se que tal crescimento depende do atendimento pelos agentes do mercado de padrões elevados de governança corporativa. Serão tratadas no primeiro capítulo as dificuldades que as empresas, notadamente as pequenas e médias empresas, enfrentam para financiar suas atividades. Ainda no primeiro capítulo serão apresentadas as estruturas de Private Equity e Venture Capital como fonte de recursos de pequenas e médias empresas, e a forte interligação dessas estruturas com o mercado de capitais. No segundo capítulo será definida a governança corporativa, seus modelos e desenvolvimentos normativos no Brasil e no mundo e, por fim, a relação da governança com o adequado desenvolvimento do mercado de capitais com especial atenção aos mercados de acesso. No terceiro capítulo, será aprofundado o entendimento dos mecanismos de mitigação de conflitos de interesses inerentes às atividades de Private Equity e Venture Capital, e como estas apresentam externalidades positivas para a governança corporativa das empresas investidas. A idéia central é apresentar como os mecanismos e as normas que regulam os veículos de Private Equity e Venture Capital, permitem que as empresas investidas por estes apresentem melhores indicadores de governança do que as empresas que não sofreram esse tipo de investimento. Apesar da apresentação no segundo capítulo de diversos indicadores de boas práticas de governança, o indicador utilizado para medir a governança corporativa das empresas no terceiro capítulo foi o gerenciamento de resultados contábeis expresso pela Proxy de acumulações discricionárias correntes, principalmente por permitir a melhor mensuração de práticas contábeis que poderiam ter como objetivo a deturpação das demonstrações financeiras pela administração das companhias por motivos diversos.