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A epidemia de zikavirus no Brasil: repercussão e respostas do Sistema Único de Saúde
Registro en:
PEPE, Vera Lúcia Edais et al. A epidemia de zikavirus no Brasil: repercussão e respostas do Sistema Único de Saúde. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Pepe, Vera Lúcia Edais
Albuquerque, Mariana Vercesi de
Oliveira, Catia Verônica dos Santos
Reis, Lenice Gnocchi da Costa
Dias, Henrique Sant‘Anna
Matta, Gustavo Coorea
Resumen
A epidemia de ZIKAvirus no Brasil trouxe repercussões sanitárias e sociais de grande proporção, tendo sido decretada emergência sanitária de novembro/2015 a maio/2017. Seus efeitos demandaram rápidas respostas do Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo diagnóstico, prevenção, controle vetorial e atendimento assistencial, especialmente para crianças afetadas pela síndrome neurológica congênita. A pesquisa objetivou analisar as principais respostas da política de saúde e do SUS e frente às repercussões da epidemia de zika vírus no Brasil, considerando a fase da emergência sanitária (nov./2015 – mai./17). Estudo de casos múltiplos, envolvendo as esferas federal, estadual e municipal de saúde. Utilizaram-se fontes documentais; normas e entrevistas com gestores da saúde (secretarias, ministério e serviços assistenciais). Foram desenvolvidos roteiros, para entrevistas com atores-chave, selecionados de acordo com o cargo que ocupavam durante a emergência sanitária, considerando dois eixos de análise: vigilâncias do campo da saúde e política e atenção à saúde. Foram consideradas as seguintes dimensões: ações priorizadas; estratégias de planejamento, financiamento e organização da rede de serviços; negociações intergovernamentais; principais desafios e lições apreendidas desta experiência. Durante a emergência sanitária, as principais respostas do SUS foram: mobilização e combate ao mosquito; atendimento às pessoas e desenvolvimento tecnológico, educação e pesquisa. As ações e estratégias foram definidas com base nas informações e demandas emergentes, sendo revistas periodicamente. Destaca-se a relevância de serviços assistenciais de referência para atendimento das crianças e gestantes afetadas, a rede de pesquisa e diagnóstico e a articulação intra e intersetorial, inclusive com instituições de pesquisa. Na Vigilância e na Atenção à Saúde foram aproveitados a infraestrutura e organização dos serviços disponíveis, sem maiores investimentos, expansão ou reorganização da rede. Finda a emergência sanitária restam muitas demandas a serem atendidas. São necessários reorganização e investimento na rede assistencial e laboratorial do SUS para atendimento das pessoas afetadas e outras que possam ser acometidas pela doença e seus efeitos, no curto, médio e longo prazo. A atuação intersetorial e a redução das desigualdades são peças-chave. As lições apreendidas devem embasar futuras respostas a novas arboviroses.