A formação médica, no Brasil, tem como modelo predominante o foco no desenvolvimento de habilidades técnicas, centradas em especialidades e não no cuidado às pessoas. Ao privilegiar a especialização, a racionalidade médica atua promovendo um conhecimento focado em doenças e em partes ou sistemas do corpo humano, com ensino hospitalocêntrico e ênfase numa diagnose que privilegia a tecnologia, em uma atuação geralmente fragmentada, que não raro desconhece a realidade do doente.