Dissertation
Estudo da associação entre os níveis plasmáticos de zinco e a resposta imune na Leishmaniose humana
Registro en:
SANTANA, Gisélia dos Santos. Estudo da associação entre os níveis plasmáticos de zinco e a resposta imune na Leishmaniose humana. 2004. 26 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2004.
Autor
Santana, Gisélia dos Santos
Resumen
A leishmaniose mucosa, cutânea localizada, e visceral, são caracterizadas por apresentar uma resposta imune celular exacerbada, intermediária e ineficiente, respectivamente. Foi investigado os níveis de cobre e zinco em diferentes formas clínicas da leishmaniose e a correlação da resposta imune humoral e/ou celular contra o parasita. Foi coletado sangue de 32 pacientes com leishmaniose cutânea localizada (LCL), mucosa (LM) ou visceral (LV), bem como de 25 controles urbanos e de área endêmica. Os níveis plasmáticos de Cu e Zn foram quantificados por espectrofotometria de absorção atômica. A resposta imune celular e humoral anti-Leishmania foram avaliadas por quantificação de IgG plasmática específica, linfoproliferação e produção de citocinas, respectivamente. Uma diminuição significante de Zn no plasma foi observada em todos os três grupos de pacientes, quando comparados com controles, mas apenas nos pacientes com LV (7/10) e LM (1/7) foi observada uma deficiência aguda de Zn. Os níveis plasmáticos de Cu estavam aumentado nos pacientes com LCL e L V, mas não em LM, e correlacionaram-se significantemente com IgG anti-Leishmania. A razão Cu/Zn foi elevada em pacientes com deficiência na resposta imune celular (LV < LCL < LM) e exacerbada resposta imune humoral (LV>LCL>ML). A possível associação de deficiência de Zn com dados clínicos foi avaliada em estudo prospectivo de 12 pacientes com LV, nos quais os níveis de Zn eram preditivos para a evolução do tamanho de baço. Concluímos que deficiência de Zn em LV e LM indica a possibilidade da administração terapêutica de Zn nessas formas severas da leishmaniose, e que o aumento da razão Cu/Zn pode ser um marcador da disfunção imune na leishmaniose. PIBIC/UFBA, CAPES e CNPq. Mucosal (ML), localized cutaneous (LCL) and visceral leishmaniasis (VL) are characterized by exacerbated, intermediate and inefficient cellular immune response, respectively. We investigated if zinc and copper levels differ in distinct clinical forms of leishmaniasis, and if they correlate to humoral and/or cellular immune response towards the parasite. Blood was collected from 32 patients with either localized cutaneous (LCL), mucosal (ML) or visceral (VL) leishmaniasis, as well as from 25 controls from endemic and non-endemic areas. Plasma levels of Cu and Zn were quantified by atomic absorption spectrophotometry. Axú\-Leishmania humoral and cellular immune response were evaluated by quantifying specific plasma IgG, lymphoproliferation and cytokine production, respectively. A significant decrease in plasma Zn was observed in all three
patient groups, as compared to controls, but only VL (7/10) and ML (1/7) patients displayed overt Zn deficiency. Plasma Cu was increased in LCL and VL but not in ML, and was strongly correlated to anti-Leishmania IgG. Cu/Zn ratios were highest in patients with deficient cellular (VL<<LCL<ML) and exacerbated humoral (VL>LCL>ML) immune response. A possible
association between Zn deficiency and clinical findings was investigated in a prospective study of 12 VL patients, for whom Zn levels were found to be predictive for spleen size evolution. In conclusion, Zn deficiency in VL and ML indicate possible therapeutic administration of Zn in these severe forms of leishmaniasis and increased Cu/Zn ratio can be a useful marker for immune dysfunction in leishmaniasis.