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Mortalidade infantil por pneumonia e influenza na Região Sudeste do Brasil (2009-2014): uma análise a partir dos sistemas de informação do Ministério da Saúde
Registro en:
DUARTE, Márcia Cristina da Luz; FARIAS, Yasmin Nascimento; CARDOSO, Andrey Moreira. Mortalidade infantil por pneumonia e influenza na Região Sudeste do Brasil (2009-2014): uma análise a partir dos sistemas de informação do Ministério da Saúde. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Duarte, Márcia Cristina da Luz
Farias, Yasmin Nascimento
Cardoso, Andrey Moreira
Resumen
A magnitude das doenças respiratórias agudas permanece expressiva no Brasil, no período pós-pandêmico da Influenza H1N1. Casos graves e óbitos têm sido mais frequentes em crianças e idosos. A análise das causas específicas de mortalidade segundo características da população propicia a identificação de grupos mais vulneráveis e subsidia o planejamento de intervenções a fim de reduzir iniquidades. Descrever as Taxas de Mortalidade Infantil (TMI) global e específicas por (Doenças Respiratórias (Cap. X da CID 10); Infecção Respiratória Aguda (IRA); e Pneumonia & Influenza (P&I) na região Sudeste no Brasil segundo sexo, idade e raça/cor. Estudo descritivo utilizando dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) referentes à região sudeste do Brasil entre 2009 a 2014. As tabulações foram obtidas através do programa TabWin e os dados analisados no Excel Microsoft Office. Foram estimadas TMI pelo Cap. X, por IRA e P&I. As TMI foram calculadas de forma direta (nº de óbitos de crianças. A TMI na região sudeste declinou de 13,2 para 11,7/1000NV entre 2009-2014. O período neonatal precoce apresentou a TMI mais elevada nos dois triênios (6,2 e 6,0/1000NV). A TMI por doenças respiratórias, IRA e P&I foram maiores no período pós neonatal. O sexo masculino apresentou TMI geral (13,8 e 13,0/1000NV) superior ao sexo feminino (11,5 e 10,9/1000NV) e para todos os desfechos nos triênios. Na análise por raça/cor, a TMI mais elevada do período foi para categoria indígena (14,8/1000NV), a qual diminuiu 50% entre triênios (27,6-11,5/1000NV); na categoria “branca” houve um aumento de 16,8% (11,9-13,7/1000NV). Os indígenas apresentaram maior TMI para todos desfechos analisados. Apesar de potenciais limitações na qualidade da informação, a TMI no Sudeste vem caindo, sendo menor que a nacional. Os óbitos infantis prevalecem no período neonatal precoce e no sexo masculino. Observaram-se desigualdades na TMI por doenças respiratórias, IRA e P&I entre os grupos de cor/raça, com desvantagem para os indígenas. A maioria dessas causas de óbito é considerada evitável, demandando ações que promovam redução dessas iniquidades.