Article
Características da assistência ao trabalho de parto e parto em três modelos de atenção no SUS, no Município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Characteristics of labor and delivery care in three healthcare models within the Unified National Health System in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil
Registro en:
VOGT, Sibylle Emilie. et al. Características da assistência ao trabalho de parto e parto em três modelos de atenção no SUS, no Município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad. saúde pública., Rio de Janeiro, v. 27, n. 9, p. 1789-1800, 2011.
0102-311X
Autor
Vogt, Sibylle Emilie
Diniz, Simone Grilo
Tavares, Carlos Mendes
Santos, Nagela Cristine Pinheiros
Schneck, Camilla Alexsandra
Zorzam, Bianca
Vieira, Débora de Andrade
Silva, Kátia Silveira da
Dias, Marcos Augusto Bastos
Resumen
Estudo transversal com 831 gestantes, de risco habitu-al, sobre o manejo do trabalho de parto num Centro de
Parto Normal (CPN), num hospital vencedor do título
“Galba de Araújo” (HG) e numa maternidade com mo-delo assistencial prevalente (HP). O uso da ocitocina
no CPN foi de 27,9%, no HG 59,5% e no HP 40,1%, en-quanto a amniotomia foi realizada em 67,6%, 73,6% e
82,2% das mulheres, respectivamente. A realização da
episiotomia foi menor nas modalidades com incorpo-ração de práticas humanizadas: 7,2% no CPN e 14,8%
no HG versus 54,9% no HP. A prática de oferta libe-ral no HG resultou numa taxa de analgesia superior
(54,4%) à do HP (7,7%). O percentual de internação
dos recém-nascidos e o de parto a fórceps foram mais
altas no HP, mas não houve diferenças para o índice de
Apgar e para a taxa de cesárea. Os resultados sugerem
resistência ao uso seletivo de intervenções em todos os
modelos assistenciais, embora favoreçam o CPN como
estratégia no controle das intervenções durante o tra-balho de parto e parto nas gestantes de risco habitual
sem prejuízos para as mulheres e os recém-nascidos. This cross-sectional study of 831 low-risk preg-nancies compared the management of labor and
delivery in a birthing center, a hospital that had
previously won the “Galba de Araújo” Award (for
excellence in obstetric and neonatal care), and a
standard-protocol maternity facility. The rates for
use of ocytocin during labor were 27.9%, 59.5%,
and 40.1%, while amniotomy was performed in
67.6%, 73.6%, and 82.2% of the women, respec-tively. Episiotomy rates were lower in the first two
facilities, which have adopted patient-centered
obstetric practices (7.2% at the birthing center
and 14.8% at the award-winning hospital) as
compared to 54.9% at the standard maternity
facility. The liberal offer of epidural anesthesia
at the awarding-winning hospital resulted in a
higher anesthesia rate (54.4%) as compared to
the standard facility (7.7%). Forceps delivery and
neonatal admission rates were higher in the stan-dard hospital, but there were no differences in
mean Apgar or cesarean rates. The findings sug-gest resistance to selective use of interventions in
all three models of obstetric care, although favor-ing the birthing center as a strategy for control-ling interventions during labor and childbirth in
low-risk pregnancies, with no resulting harm to
the mothers or newborns.