Consórcios Intermunicipais de Saúde tem sido utilizado como um modelo alternativo e inovador na superação de lacunas na assistência à saúde, principalmente com relação a consultas médicas em especialidades, diagnose e terapia em nível secundário. Mantém forte vínculo com a estratégia de regionalização de saúde no Brasil, sendo adequado ao processo de reforma administrativa do setor, buscando maior eficiência, racionalidade e qualidade na oferta de serviços à população. O estabelecimento de consórcios no Brasil teve forte impulso a partir de 1993, sendo alguns destinados exclusivamente ao aumento de serviços especializados e outros que também buscam uma estruturação regional com uma oferta mínima entre os participantes. Alguns consórcios surgiram da capacidade aglutinadora de seus líderes, outros por indução estadual, e em alguns casos pela combinação de organização regional associada a incentivos estaduais. No desenvolvimento dessas cooperações observamos que alguns consórcios se mostraram como estruturas frágeis e de pouca duração, enquanto outros vêm se sustentando ao longo do tempo. Recorremos ao estudo do caso do Consórcio de Penápolis, o mais antigo do Brasil, que se sustenta a mais de quatorze anos, para examinar a dinâmica da cooperação e procurar desvendar as razões da sua sustentabilidade. Sua formação é um misto de reestruturação da oferta regional associada ao aspecto empreendedor de seus líderes e incentivos estaduais. Sua capacidade de resolução das demandas locais, com qualidade e flexibilidade na gestão foram importantes fatores demonstrados. Há uma importante noção entre os participantes de que as regras de funcionamento são justas e há uma alta confiabilidade no sistema de prestação de contas do consórcio. Uma coordenação eficiente e transparência na gestão são percebidos como elementos também importantes na manutenção do CISA. No plano político partidário o estudo revela um ambiente de maiorias políticas e sucessão de atores políticos que favorecem a manutenção de contratos e estabilidade de estruturas como o CISA. Há uma importante percepção entre os entrevistados sobre a ausência de clientelismo político no consórcio.Health Intermunicipality Consortiums of have been used as alternatives and innovative models in the improvement in health provision, mainly related to specialized physician consulting and diagnosis and therapy in secondary level. It maintains strong entail with the strategy of regionalization of health in Brazil, being for larger efficiency, rationality and quality on the provision of services to the population. The establishment of consortiums in Brazil had strong impulse since from 1993, being some destined exclusively to the increase of specialized services and others that also look for a regional structuring with a minimum delivery of service among the participants. Some consortiums resulted from binding capacity of partners and others from institutional induction, and in some cases from a mix of regional organization and state incentives. In the development of those cooperations it was observed that some consortiums were shown as fragile structures with little duration, while others were sustained along the time. We choose methodology of case study of the Consortium of Penápolis, the oldest in Brazil, that remained for more than fourteen years, to examine the dynamics of the cooperation and to try to unmask the reasons of its maintenance. Its formation is a mix of restructuring of the regional provision associated with its leaders’ enterprising aspect and state incentives. Its capacity of dealing with local demands, with quality and flexibility in the administration was an important demonstrated issue. There is an important notion among the participants that the operation rules are fair and there is a high reliability in the accountability of the consortium. An efficient coordination and transparency in the administration are noticed as elements also important in the maintenance of CISA. In the supporter political plan the study reveals an atmosphere of political majorities and political actors’ succession that support a stable contracts and stability of structures like CISA. There is an important perception among the interviewees on the absence of political clientelism in the consortium.