Article
Práticas religiosas afro-brasileiras, marco regulatório e uso do meio ambiente e do espaço urbano da Cidade do Rio de Janeiro
Registro en:
SOBREIRA, Ramon Fiori Fernandes; MACHADO, Carlos José Saldanha. Práticas religiosas Afro-Brasileiras, marco regulatório e uso do meio ambiente e do espaço urbano da cidade do Rio de Janeiro. Revista Visões 5ª Edição, Nº5, Volume 1 - Jul/Dez 2008
2177-7276
Autor
Sobreira, Ramon Fiori Fernandes
Machado, Carlos José Saldanha
Resumen
O presente artigo objetiva contribuir para uma interlocução entre as lideranças religiosas
afro-brasileiras na cidade do Rio de Janeiro e os gestores da administração ambiental local, através da
formulação de ações de educação ambiental cooperativa que conduzam a uma desconstrução da
marginalização daquelas religiões e à preservação do valor cultural agregado àquelas práticas. Trata-se
de demonstrar que o surgimento de uma ética ambiental nas comunidades religiosas afro-brasileiras
está integrado a um processo social de engajamento de diversos atores em ações de preservação
ambiental. O reconhecimento da emergência desta ética ambiental nas religiões afro-brasileiras
facilitará o planejamento de ações de educação ambiental em relação às oferendas rituais inerentes a
estas religiões, consideradas ambientalmente lesivas pelas autoridades ambientais. Concluí-se
afirmando que essas ações não devem ser impostas, mas coordenadas pelas próprias comunidades
religiosas, por organizações não governamentais, por instituições de ensino e pelas agências públicas
de polícia ambiental. This article intends to contribute to an interlocution between the afro-Brazilian religions
leadership in Rio de Janeiro city and the local environmental authorities, by increasing cooperative
environmental education actions that lead to both: un-build those religions marginalization process and
preserve the cultural worth aggregated to them. To achieve that objective, it must be shown that the
outbreak of an environmental ethics among afro-Brazilian religions followers integrates those
religions to a social process in which actions aiming environmental preservation are performed by
several engaged actors. By recognizing it, environmental education actions driven at those religions’
rituals, frequently considered as harmful to nature, may be strongly facilitated. The article concludes
with the assertion that such actions must be taken in a coordinated way, within a process involving the
practitioners and religious leadership, non-governmental organizations, educational institutions and
public environmental agencies.