Article
Assessing the underreporting of deaths among people living with HIV in Rio de Janeiro, Brazil, from 2014 to 2019
Avaliação da subnotificação de óbitos em pessoas vivendo com HIV no Rio de Janeiro, Brasil, entre 2014 e 2019;
Evaluando el subregistro de muertes entre personas que viven con VIH en Río de Janeiro, Brasil, de 2014 a 2019
Registro en:
PAULA, Adelzon Assis de et al. Assessing the underreporting of deaths among people living with HIV in Rio de Janeiro, Brazil, from 2014 to 2019. Cadernos de Saúde Pública, v. 38, n. 1, p. 1-10, 2022.
0102-311X
10.1590/0102-311X00081821
Autor
Paula, Adelzon Assis de
Chequer, Pedro
Pires, Denise Ribeiro Franqueira
Lemos, Katia Regina Valente de
Barone, Luciana Garritano
Veloso, Valdiléa G.
Pacheco, Antonio Guilherme
Resumen
Os autores avaliaram as proporções de subnotificação de óbitos e fatores associados em pessoas vivendo com HIV (PVHIV) no Rio de Janeiro, Brasil, entre 2014 e 2019. Variáveis demográficas, menção de tuberculose (TB) e contagem de células CD4 mais próxima ao óbito foram utilizadas para comparar indivíduos que tiveram códigos para HIV/aids mencionados na declaração de óbito (HMDO) àqueles que não apresentaram tal menção. Entre 10.698 certidões de óbito, 2.863 (26.8%) não citaram HIV/aids. Entre estes, 412 (14,4%) apresentaram causas externas como a causa subjacente. Depois de excluir as causas externas, 24% das certidões não mencionaram HIV/aids. Idade acima de 40 anos (OR = 1,75; IC95%: 1,52-2,01), raça/etnicidade não branca (OR = 1,16; IC95%: 1,02-1,31), sexo masculino (OR = 1,25; IC95%: 1,11-1,42), contagem de CD4 mais alta próximo ao óbito (OR = 1,14; IC95%: 1,12-1,16), não ter TB (OR = 4,86; IC95%: 3,76-6,29) e morte extra-hospitalar (OR = 2,61; IC95%: 2,31-2,95) mostraram associação com aumento de probabilidade de não apresentar HMDO. A proporção de certidões de óbito que não citavam HIV/aids aumentou de 18,7% para 35,1% entre 2014 e 2019. A alta proporção de óbitos subnotificados no Rio de Janeiro indica a possível subestimação dos coeficientes de mortalidade por HIV/aids no estado. A mudança nos padrões de mortalidade em PVHIV desafia tanto os médicos, no sentido de considerar o espectro clínico mais amplo na infecção pelo HIV, quanto os especialistas em vigilância, no sentido de aprimorar o monitoramento da mortalidade. We assessed the proportions and causes of the underreporting of deaths among people living with HIV (PLHIV) in Rio de Janeiro, Brazil, from 2014 to 2019. Demographic variables, mention of tuberculosis (TB), and CD4 cell counts closest to death were used to compare those who had HIV/AIDS mentioned on their death certificate (HMDC) to those who did not. Out of 10,698 deaths, 2,863 (26.8%) had no HMDC, from which 412 (14.4%) had external underlying cause. After excluding deaths from external causes, we found that 24% still had no HMDC. Age ≥ 40 years (OR = 1.75; 95%CI: 1.52-2.01), non-white race/ethnicity (OR = 1.16; 95%CI: 1.02-1.31), the male gender (OR = 1.25; 95%CI: 1.11-1.42), higher CD4 cell counts closest to death (OR = 1.14; 95%CI: 1.12-1.16), absence of TB (OR = 4.86; 95%CI: 3.76-6.29) and not dying within a hospital (OR = 2.61; 95%CI: 2.31-2.95) were associated with increased probabilities of not having HMDC. The proportion of deaths with no HMDC increased from 18.7% to 35.1% between 2014 and 2019. The high proportion of underreported deaths in Rio de Janeiro indicates that HIV/AIDS mortality coefficients in the state may be underestimated. With the changing patterns of mortality of PLHIV, physicians are advised to consider the broader clinical spectrum of HIV infection, and surveillance officers should improve death monitoring. Evaluamos los porcentajes y factores asociados con el subregistro de muertes entre personas afectadas por VIH (PLHIV) en Río de Janeiro, Brasil, desde 2014 a 2019. Se utilizaron variables demográficas, mención de tuberculosis (TB) y recuentos de células CD4 más cercanos al fallecimiento, para comparar a quienes tenían VIH/SIDA reflejado en el certificado de defunción (HMDC), con quienes no lo tenían. De las 10.698 muertes, 2.863 (26,8%) no tuvieron HMDC. De entre ellos, 412 (14,4%) tenían causas externas como causa subyacente. Tras excluir las causas externas, un 24% no tuvieron HMDC. Edad ≥ 40 años (OR = 1,75; IC95%: 1,52-2,01), raza no blanca raza/etnicidad (OR = 1,16; IC95%: 1,02-1,31), género masculino (OR = 1,25; IC95%: 1,11-1,42), recuentos de células CD4 más altos más cercanos a la muerte (OR = 1,14; IC95%: 1,12-1,16), que no tenían TB (OR = 4,86; IC95%: 3,76-6,29), y que no murieron en un hospital (OR = 2,61; IC95%: 2,31-2,95), estuvieron asociados con probabilidades crecientes de no tener HMDC. La proporción de muertes que no tenían HMDC aumentó de un 18,7% a un 35,1% entre 2014 y 2019. La alta proporción de muertes subregistradas en Río de Janeiro indican que los coeficientes de mortalidad VIH/SIDA en el estado quizás estaban subestimados. Los patrones cambiantes de mortalidad suponen un desafío para las PLHIV, así como para los médicos, a la hora de considerar infección por VIH dentro de un espectro clínico más amplio, al igual que para los agentes de supervisión, con el fin de mejorar el monitoreo de muertes.