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Morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão: expressão dos diferenciais de gênero
Morbidity and mortality of young brazilian men due to aggression: expression of gender differentials
Registro en:
SOUZA, Edinilsa Ramos de. et al. Morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão: expressão dos diferenciais de gênero. Ciênc. saúde coletiva., Rio de Janeiro, v. 17, n. 12, p. 3243-3248, 2012.
1413-8123
Autor
Souza, Edinilsa Ramos de
Gomes, Romeu
Silva, Juliana Guimarães e
Correia, Bruna Soares Chaves
Silva, Marta Maria Alves da
Resumen
Analisa-se a mortalidade, internação
hospitalar e atendimentos de emergência por agressão
no Brasil, de 1996 a 2007. As fontes dos dados
são o Sistema de Informação sobre Mortalidade/
SIM, o Sistema de Informação Hospitalar/SIH e o
Sistema de Vigilância das Violências e Acidentes/
VIVA, do Ministério da Saúde. Focaliza-se o sexo
masculino e a faixa dos 15 aos 29 anos, além de
outras variáveis referentes à vítima, ao agressor e
ao evento. Encontram-se relações homem/mulher
que são 11,6 vezes maiores na mortalidade, 4,5
vezes na internação e 2,8 vezes no atendimento de
emergência. Em 2007, a taxa de mortalidade de
homens de 15 a 29 anos foi 92,8/100.000 habitantes.
As regiões Sudeste e Nordeste do país apresentam
as maiores incidências e prevalências. Conclui-
se destacando que o diferencial das taxas homem/
mulher ocorre a partir da adolescência, se
intensifica na idade adulta jovem e, embora perca
intensidade, permanece até o final da vida. Recorre-
se a modelos culturais de gênero, além de
aspectos socioestruturais para explicar tão marcadas
diferenças. Mortality, hospitalization and emergency
attendance visits for assault in Brazil, from
1996 to 2007 were analyzed. The data sources are
the Mortality Information System/SIM, the Hospital
Information System/SIH and the Surveillance
System of Violence and Injuries/VIVA of the Ministry
of Health. It was focused on males in the 15 to
29 year-old age group, and other variables related
to the victim, the aggressor and the event. The
male/ woman distribution was 11.6 times higher
for mortality, 4.5 times for hospitalization and 2.8
times for hospital emergency treatment. In 2007
the rate of 15 to 29 year-old men was 92.8/100,000
inhabitants. The Southeast and Northeast have
the highest incidence and prevalence. The conclusion
was that the male/female differential rates
occurs during adolescence, intensifies in early
adulthood, and despite decreasing in intensity,
continues until death. Cultural gender models and
socio-structural aspects were examined to explain
such marked differences.