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Pesquisa Mundial de Saúde: aspectos metodológicos e articulação com a Organização Mundial da Saúde
World Health Survey: methodological aspects and interface with the World Health Organization
Registro en:
SZWARCWALD, Celia Landmann; VIACAVA, Francisco. Pesquisa Mundial de Saúde: aspectos metodológicos e articulação com a Organização Mundial da Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 11, supl. 1, p. 58-66, 2008.
1415-790X
Autor
Szwarcwald, Celia Landmann
Viacava, Francisco
Resumen
No ano 2000, o Relatório da Organização
Mundial de Saúde (OMS) foi dedicado à
proposição de uma metodologia para a
avaliação de desempenho dos sistemas de
saúde dos países membros. O Relatório
2000 trouxe à agenda da OMS o comprometimento
com os objetivos louváveis de
avaliação dos sistemas de saúde, monitoramento
das desigualdades em saúde e alcance
da equidade no financiamento da
saúde. Entretanto, o instrumental utilizado
foi exposto a inúmeras críticas, tanto de
cunho metodológico como conceitual.
Como parte deste processo, para suprir
informações sobre o estado de saúde das
populações, a OMS propôs a elaboração da
Pesquisa Mundial de Saúde (PMS) em vários
países membros. No Brasil, a PMS foi
conduzida no ano de 2003, e objetivou estabelecer
parâmetros consistentes para
avaliar o estado de saúde da população e a
assistência prestada de acordo com as expectativas
da população usuária, além de
mensurar as desigualdades socioeconômicas
em saúde. O inquérito foi realizado
em 5000 indivíduos com 18 anos e
mais de idade, em âmbito nacional. A
amostragem foi realizada em três estágios.
No primeiro, foram selecionados 250
setores censitários, com probabilidade
proporcional ao tamanho. Em cada setor,
foram selecionados 20 domicílios, por
amostragem inversa. Em cada domicílio,
um morador adulto foi selecionado com
eqüiprobabilidade. O questionário modular,
originalmente desenvolvido pela OMS,
foi adaptado para se adequar às características
do nosso meio. Nesse artigo, são
descritos os aspectos metodológicos da
pesquisa e o processo de articulação com
a Organização Mundial da Saúde para a
condução da PMS no Brasil. The World Health Organization (WHO)
Report, year 2000, was dedicated to the
proposition of a methodology for health
system performance assessment of member
countries. Despite its laudable goals of
evaluating health system responsiveness
and of monitoring inequalities in health
financing and in health status, the proposal
received countless criticisms from both
conceptual and methodological viewpoints.
During the redesign phase, in order
to provide information about the
health status of the population, the WHO
proposed the application of the World
Health Survey (WHS). In Brazil, the WHS
was carried in 2003 for establishing consistent
parameters to evaluate heath status
and health care responsiveness, in addition
to measuring socioeconomic health
inequalities. The survey interviewed 5,000
individuals, aged 18 and above, nationwide.
The sample design had three selection
stages. In the first stage, 250 census
tracts were systematically selected with
probability proportional to size. In the second
stage, households were selected with
equal probability using an inverse sample
design to assure 20 interviews by sector. In
each household, just one adult (18 years
or more) was selected with equal probability
to respond to the individual questionnaire.
A modular questionnaire was translated
and adapted from the one originally
proposed by the WHO. Sample weights
were based on the inverse of probabilities
of inclusion in the sample calculated for
each selection stage. In this paper, we describe
the methodological aspects of the
survey and the interface process with the
WHO to conduct the WHS in Brazil.