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Saúde das trabalhadoras de enfermagem e suas relações com o absenteísmo
Registro en:
MOURA, Isis Ferraz de; MASSON, Letícia Pessoa. Saúde das trabalhadoras de enfermagem e suas relações com o absenteísmo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Moura, Isis Ferraz de
Masson, Letícia Pessoa
Resumen
Aborda-se o fenômeno do absenteísmo entre mulheres profissionais de Enfermagem, o processo de trabalho na área e a relação entre o trabalho e a saúde destas trabalhadoras. A ausência ao trabalho pode tanto revelar problemas existentes nos processos de trabalho, quanto gerar danos, seja para a instituição empregadora, seja para os/ trabalhadores/as e os/as usuários/as dos seus serviços. Identificar os processos saúde-doença das trabalhadoras de Enfermagem e suas relações com o absenteísmo. Como objetivo específico, busca-se apontar os aspectos dos processos de trabalho que contribuem para o absenteísmo destas profissionais. Para a análise de tais questões, utiliza-se como referências o campo da Saúde do Trabalhador no Brasil, o debate de Gênero e como ele se reflete na Divisão Sexual do Trabalho, o recorte do fazer profissional da trabalhadora de Enfermagem e os estudos sobre absenteísmo. Adotou-se a revisão simples de literatura a partir de artigos científicos completos, publicados em português e selecionados num período de 10 anos sobre o tema (2007 a 2016). Estes foram utilizados para responder aos objetivos da pesquisa, a partir do olhar da Saúde do Trabalhador e do recorte de Gênero e da sociologia do trabalho. Ao analisar os artigos observou-se temas importantes para compreender a questão e assim pensar as estratégias para minimizar tal fenômeno. Dentre os temas relevantes selecionamos o absenteísmo por doença, por saúde mental, por questões gerenciais, por questões de Gênero e interseções entre vida pessoal e profissional, além de estratégias para compreender e prevenir o fenômeno. Os textos apontam que analisar a cultura institucional e incentivar a participação das trabalhadoras na reformulação do processo de trabalho é necessário, pois tanto a falta de participação, de autonomia e a dificuldade de relacionamento interpessoal são questões que podem estar associadas ao fenômeno. O aprofundamento dos estudos da Divisão Sexual do Trabalho, de Gênero e das interseções entre vida pessoal e profissional das mulheres devem ser explorados. Por isso, como estratégia propõe-se à criação de espaços de discussão entre os/as trabalhadores/as e ter como eixo a luta por direito à saúde, além de buscar formas de ver, entender e desenvolver ações práticas, a partir de múltiplas disciplinas e também da perspectiva de Gênero.