Thesis
O mito da Medusa: gestão do SUS e saúde do trabalhador
The myth of Medusa: SUS management and workers' health
Registro en:
DIAS, Luciene de Aguiar. O mito da Medusa: gestão do SUS e saúde do trabalhador. 2020. 148 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
Autor
Dias, Luciene de Aguiar
Resumen
Estudo de caráter autoetnográfico ensaístico que tem como objetivo analisar a
relação entre a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a área de saúde do trabalhador
(ST). O método (autoetnográfico) buscou elementos reflexivos da experiência vivida,
tanto na gestão do SUS, quanto no campo da ST e, ainda, na participação como
profissional de saúde na rede de atenção hospitalar durante a pandemia. Tendo a
modalidade de ensaio como itinerário da narrativa foi analisado o conjunto de
instrumentos de gestão do SUS em relação à política constitucional de ST para o conjunto
dos trabalhadores brasileiros, estabelecendo uma analogia do objeto da tese com a
mitologia grega, a ideologia e a utopia. Analisa as contradições da gestão entre o que
deveria ser feito em matéria de ST, com base na Lei, desde a Constituição Federal de
1988, nos indicadores epidemiológicos e nos impactos dos agravos relacionados ao
trabalho, com relativa ênfase na pandemia de Covid-19. As analogias utilizadas
confrontam as motivações que induzem a gestão do SUS a fazer escolhas por
determinadas ações e serviços que desconsideram a área pública de ST, em todos os níveis
estabelecidos constitucionalmente, em seu artigo 196 - promoção, proteção, recuperação
-. O estudo tem como justificativa a necessidade de se buscar alternativas concretas e
debates epistemológicos que embasem o pensamento e o enfrentamento do problema da
saúde do trabalhador no Brasil, com foco no caminhar que a utopia do campo reivindica. A self-ethnographic essay study that aims to analyze the relationship between the
management of the brazilian Unified Health System (SUS) and the area of worker’s health
(ST). The method (autoetnographic) sought reflective elements of the lived experience,
both in the management of SUS, as in the field of ST, and also in the participation as a
health professional in the hospital care network during the pandemic. Having the essay
modality as the narrative itinerary, the set of SUS management instruments was analyzed
in relation to the constitutional policy of ST for the group of brazilian workers,
establishing an analogy of the object of the thesis with mythology Greek, ideology and
utopia. It analyzes management contradictions between what should be done in matters
of ST, based on the Law, since the Federal Constitution of 1988, on epidemiological
indicators and on the impacts of work-related injuries, with relative emphasis on the
Covid-19 pandemic. The analogies used confront the motivations that induce SUS
management to make choices for certain actions and services that disregard the public ST
area, at all levels constitutionally established, in its article 196 - promotion, protection,
recovery -. The study is justified by the need to seek concrete alternatives and
epistemological debates that support the thinking and the confrontation of the worker's
health problem in Brazil, with a focus on the journey that the countryside utopia demands.