TCC
Desenvolvimento Intrapuparial de Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830) (Diptera, Muscidae), sob condições de laboratório
Registro en:
DUARTE, Marina Lopes. Desenvolvimento Intrapuparial de Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830) (Diptera, Muscidae), sob condições de laboratório. 2018. 43 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Entomologia Médica) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
Autor
Duarte, Marina Lopes
Resumen
Ophyra aenescens (Wiedemann, 1830) (Diptera: Muscidae) apresenta importância médica-sanitária e forense, com diversos estudos voltados para a biologia, porém sem trabalhos analisando o desenvolvimento intrapuparial. Em dípteros muscoides, o estágio de pupa representa cerca de 50% de período total de desenvolvimento do imaturo, fazendo com que estudos analisando o desenvolvimento morfológico da pupa tornem-se importantes para a compreensão da metamorfose do inseto, além de auxiliar em estudos na área forense, funcionando como uma ferramenta para a estimativa do Intervalo Pós-Morte Mínimo (IPMmín). Portanto, este estudo teve como objetivo identificar e descrever as mudanças morfológicas temporais no desenvolvimento desta espécie sob a temperatura constante de 27 °C. Para isso, foi acompanhado o desenvolvimento intrapuparial de Ophyra aenescens sob a temperatura de 27 ± 1 °C, UR 60 ± 10 % e 12 horas de fotofase. As pupas foram mortas e fixadas a cada 3 horas, até completar 24h após a pupariação, e posteriormente a cada 6 horas, até a emergência do adulto Foram analisadas 340 pupas, com a emergência ocorrendo em 174 h. A morfologia externa foi descrita e registrada, definindo com bases nas características morfológicas, oito fases de desenvolvimento intrapuparial: pupariação, pré-pupa; apólise larva-pupa; pupa criptocefálica; pupa fanerocefálica; apólise pupa-adulto; adulto farado e imago. Foram descritos 25 caracteres morfológicos-chaves para a identificação das fases e do intervalo de tempo, dentre elas, estruturas como os apêndices torácicos (pernas e asas), estruturas da cabeça como antena, olhos, triângulo ocelar e peças bucais, e a presença de cerdas. Sendo assim, torna-se possível utilizar tais caracteres morfológicos para auxiliar no cálculo da estimativa do intervalo pós-morte de um corpo, porém, mais estudos voltados para espécies de Muscidae demonstram-se necessários para que aumente o grau de confiabilidade do método, em comparação com outras espécies com biologia semelhante à apresentada neste estudo. 2019-12-28