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Nova Proposta de Classificação do Acometimento Cardíaco na Fase Crônica da Doença de Chagas com uso do Ecocardiograma
Registro en:
Xavier, Sergio Salles et al. Nova Proposta de Classificação do Acometimento Cardíaco na Fase Crônica da Doença de Chagas com uso do Ecocardiograma. Revista Brasileira de Ecocardiografia, n. 3, p. 59-65, jul./set. 2000.
0103-3395
Autor
Xavier, Sergio Salles
Sousa, Andrea Silvestre de
Alencar, Andrea Tavares
Siqueira Filho, Aristarco Gonçalves
Pereira, Jose Borges
Hasslocher-Moreno, Alejandro Marcel
Resumen
Objetivo: Propor uma nova classificação do acometimento cardíaco na doença de Chagas, que incorpore informações a respeito da função ventricular, obtidas ao ecocardiograma e que seja útil do ponto de vista prognóstico e terapêutico. Métodos: Estudo longitudinal de coorte, constituída por 604 pacientes recrutados no período de 03 /90 a 12 /97 e submetidos a avaliação clínica, eletrocardiográfica radiológica e ecocardiográfica. Análise multivariada (regressão logística " stepwise") foi utilizada para identificar preditores prognósticos e curvas de sobrevida foram construídas para a coorte e subgrupos específicos. Resultados: O tempo médio de acompanhamento foi de 46,3 (27,8 meses, com seguimento completo obtido em 94% dos pacientes. Baseado nos preditores e nas curvas de sobrevida, 4 grupos foram identificados. Os pacientes com ECG normal e os com insuficiência cardíaca foram classificados nos grupos 1 e 4 respectivamente, sem necessidade de realização de ecocardiograma. Os demais foram classificados de acordo com a função ventricular. Os pacientes com função normal ou apenas levemente deprimida também foram classificados no grupo 1, em função de suas curvas de sobrevida semelhantes. Os pacientes com disfunção moderada constituem o grupo 2 e os com disfunção severa o grupo 3. As estimativas de sobrevida em 2 anos para os grupos 1, 2, 3 e 4 foram de 99,8%, 89%, 79% e 48%, m respectivamente (p<0,0001). Conclusões: Com esta classificação é possível, de forma simples, com a valorização de dados clínicos e eletrocardiográficos e a utilização do ecocardiograma em apenas parte dos pacientes, identificar 4 grupos prognósticos diferentes, com curvas de sobrevida distintas.