Article
Equine coital exanthema in a stallion
Herpesvirus equino 3 em um garanhão
Registro en:
FERREIRA, Cíntia et al. Equine coital exanthema in a stallion. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v. 62, n. 6, p.1517-1520, 2010.
0102-0935
10.1590/S0102-09352010000600035
Autor
Ferreira, Cíntia
Costa, Érica Azevedo
Baêta, Silvia de Araujo França
Melo, Ubiratan Pereira de
Drumond, Betania Paiva
Bomfim, Maria Rosa Quaresma
Coelho, Fabiana Magalhães
Resende, Mauricio
Palhares, Maristela Silveira
Santos, Renato Lima
Resumen
Em agosto de 2008, um garanhão da raça Mangalarga Marchador, de quatro anos de idade, com histórico clínico de apatia, inapetência e edema de prepúcio e escroto, apresentou, ao exame clínico, exsudato purulento fluindo pelo óstio prepucial, prepúcio e mucosa peniana com inúmeras lesões circulares de bordos elevados e hiperêmicos, centro ulcerado recoberto por material amarelado de aspecto fibrinoso, com distribuição multifocal. Histologicamente, a mucosa peniana apresentou áreas de ulceração associadas a infiltrado inflamatório misto, com necrose multifocal e moderado acúmulo de fibrina, que se estendiam para o tecido conjuntivo adjacente. O diagnóstico morfológico foi de balanopostite ulcerativa fibrino-necrótica multifocal intensa, similar ao encontrado em casos de exantema coital equino (ECE), causado pelo herpesvírus equino 3 (EHV-3). Amostra de pele do prepúcio e sangue, colhido em EDTA, foram submetidos a ensaios de PCR específicos para EHV-3, observando-se a amplificação de um produto de tamanho esperado de 518pb. A detecção do EHV-3 foi confirmada por meio de seu sequenciamento, sendo a sequência de nucleotídeos depositada no GenBank sob o número GQ336877. As sequências de nucleotídeos e as de aminoácidos deduzidos apresentaram identidade de 99% e 100%, respectivamente, com a sequência de EHV-3 disponível no GenBank, número AF081188. Após 15 dias de tratamento, houve completa cicatrização das lesões, com despigmentação da pele, principalmente, no prepúcio e na bolsa escrotal. Com base nos achados clínicos, histopatológicos, PCR e sequenciamento, concluiu-se tratar de um caso de exantema coital equino, sendo o primeiro com confirmação definitiva do agente etiológico no Brasil.