Article
“The Scientist-Diplomat”: Henrique da Rocha Lima and German–Brazilian Relations, 1919–1927
Registro en:
SILVA, A. F. C. da. “The Scientist-Diplomat”: Henrique da Rocha Lima and German–Brazilian Relations, 1919–1927. Jahrbuch fü Geschichte Lateinamerikas, Colônia, v. 50, n. 1, dez. 2013.
1438-4752
2194-3680
Autor
Silva, André Felipe Cândido da
Resumen
Este artigo aborda o ativismo do médico brasileiro Henrique da Rocha Lima (1879-1956) em favor das relações científicas teuto-brasileiras de 1919 a 1927. De 1909 a 1927, Rocha Lima trabalhou no Instituto de Doenças Marítimas e Tropicais de Hamburgo, onde se engajou na fase mais prolífica de sua carreira científica. Em Hamburgo alcançou destaque internacional e foi integrado com sucesso à comunidade acadêmica alemã, possibilitando-lhe assim promover o intercâmbio intelectual entre a Alemanha e o Brasil. Como membro desses ambientes acadêmicos e sociais, possuía as habilidades necessárias para sincronizar os interesses da diplomacia cultural alemã, intensificada após a Primeira Guerra Mundial e o Tratado de Versalhes, com as demandas da comunidade científica brasileira, que adquiria cada vez maior especialização e profissionalização. Esse papel o colocou em contato próximo com os círculos diplomáticos alemães, que buscavam aproveitar as relações científicas em benefício da política cultural externa. A atividade de Rocha Lima como “diplomata-cientista” foi assim motivada por motivações institucionais, políticas e individuais de ambos os lados do Atlântico. Por meio dessa densa teia de relacionamentos e reputações pessoais e institucionais, perspectivas e agendas científicas, trocas econômicas e acordos políticos (e desacordos) foram moldados. This paper addresses the Brazilian physician Henrique da Rocha Lima’s (1879–1956) activism in favour of German–Brazilian scientific relations from 1919 to 1927. From 1909 to 1927 Rocha Lima worked at the Institute for Maritime and Tropical Diseases in Hamburg, where he engaged in the most prolific phase of his scientific career. In Hamburg he achieved international standing and was successfully integrated into the German academic community, thus making it possible for him to promote intellectual exchange between Germany and Brazil. As a member of both these academic and social environments, he had the skills necessary to synchronize the interests of German cultural diplomacy, intensified after the First World War and the Treaty of Versailles, with the demands of the Brazilian scientific community, which was acquiring increased specialization and professionalization. This role brought him into close contact with German diplomatic circles, which were seeking to harness scientific relations to the benefit of foreign cultural policy. Rocha Lima’s activity as a “scientist-diplomat” was thus motivated by institutional, political and individual motivations on both sides of the Atlantic. Through this dense web of relationships and personal and institutional reputations, scientific perspectives and agendas, economic exchanges and political agreements (and disagreements) were framed.