Dissertation
Médicos, psicanalistas e loucos: uma contribuiçäo à história da psicanálise no Brasil
Médecins, psychanalystes et fous: une contribution à l'histoire de la psychanalyse au Brésil
Registro en:
PONTE, Carlos Fidelis da. Médicos, psicanalistas e loucos: uma contribuição à história da psicanálise no Brasil. 1999. 190 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 1999.
Autor
Ponte, Carlos Fidelis da
Resumen
O trabalho tem como objeto a constituição e o desenvolvimento do campo psicanalítico
no Brasil do início do século XX até o começo dos anos oitenta. A abordagem focaliza de
modo privilegiado os processos de institucionalização e profissionalização da psicanálise,
não se detendo, entretanto, a aspectos relacionados à epistemologia do saber analítico
enquanto disciplina.
Orientada, em suas linhas gerais, pela perspectiva da sociologia das profissões e pelos
estudos de Pierre Bourdieu e Robert Castel, a dissertação divide-se em duas grandes
partes distribuídas em seis capítulos. A primeira delas trata das condições ambientais
encontradas pela psicanálise no país e de sua assimilação pela tradição científica local. A
segunda refere-se à criação das sociedades filiadas à Associação Psicanalítica
Internacional, à formação de um mercado para este saber, à tentativa de sua
circunscrição ao âmbito da medicina e às estratégias postas em prática pelos grupos
que passaram a disputar seu controle. Ce travail porte sur la constitution et le développement du champ psychanalytique au
Brésil, du début du XXe siècle aux années 80. L'approche choisie met en relief les
processus d'institutionnalisation de la psychanalyse et son organisation en tant qu'activité
professionnelle, ne se fondant pas sur des considérations d'ordre épistémologique du
savoir analytique comme discipline.
Orientée, dans ses grandes lignes, par la perspective théorique de la sociologie des
professions et par les études de Pierre Bourdieu et Robert Castel, cette recherche est
divisée en deux grandes parties, distribuées en six chapitres. La première traite des
conditions socio-culturelles qu'a connues la psychanalyse dans le pays, lors de son
assimilation par la tradition scientifique locale. La deuxième se rapporte à la création des
sociétés affiliées à l'Association Psychanalytique Internationale, à la formation d'un
marché consommateur de ce savoir, à la tentative de tutelle de la psychanalyse par la
médecine et aux stratégies mises en oeuvre par les groupes qui se disputaient le
contrôle de ce domaine professionnel.