Article
Implementação da presença de acompanhantes durante a internação para o parto: dados da pesquisa nacional nascer no Brasil
Implementation of the presence of companions during hospital admission for childbirth: data from the birth in Brazil national survey;
Implementación de la presencia de acompañantes durante el internamiento para el parto: datos de la encuesta nacional nacer en Brasil
Registro en:
DINIZ, Carmen Simone Grilo et al. Implementação da presença de acompanhantes durante a internação para o parto: dados da pesquisa nacional nascer no Brasil. Cad. Saúde Pública, v.30, n.1, p.S140-S153, 2014.
0102-311X
10.1590/0102-311X00127013
1678-4464
Autor
Diniz, Carmen Simone Grilo
d'Orsi, Eleonora
Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
Torres, Jacqueline Alves
Dias, Marcos Augusto Bastos
Schneck, Camila Alexsandra
Lansky, Sônia
Teixeira, Neuma Zamariano Fanaia
Rance, Susanna
Sandall, Jane
Resumen
As evidências sobre os benefícios do apoio contínuo durante o parto levou à recomendação de que este apoio deve ser oferecido a todas as mulheres. No Brasil, ele é garantido por lei desde 2005, mas os dados sobre a sua implementação são escassos. Nosso objetivo foi estimar a frequência e fatores sociodemográficos, obstétricos e institucionais associados à presença de acompanhantes durante o parto na pesquisa Nascer no Brasil. Foi feita análise estatística descritiva para a caracterização dos acompanhantes (em diferentes momentos do tempo da internação), fatores maternos e institucionais; as associações foram investigadas em modelos bi e multivariada. Vimos que 24,5% das mulheres não tiveram acompanhante algum, 18,8% tinham companhia contínua, 56,7% tiveram acompanhamento parcial. Preditores independentes de não ter algum, ou parcial, foram: menor renda e escolaridade, cor parda da pele, usar o setor público, multiparidade e parto vaginal. A implementação do acompanhante foi associada com ambiência adequada e regras institucionais claras sobre os direitos das mulheres ao acompanhante. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq); Departamento de Ciência e Tecnologia,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos, Ministério da Saúde; Escola Nacional de
Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
(Projeto INOVA), e Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Robust evidence of the benefits of continuous support during childbirth led to the recommendation that it should be offered for all women. In Brazil, it has been guaranteed by law since 2005, but scarce data on implementation is available. We aimed to estimate the frequency and associated socio-demographic, obstetric and institutional predictors of women having companionship during childbirth in the Birth in Brazil survey. Descriptive statistical analysis was done for the characterization of companions (at different moments of hospital stay), maternal and institutional factors; associations were investigated in bivariate and multivariate models. We found that 24.5% of women had no companion at all, 18.8% had continuous companionship and 56.7% had partial companionship. Independent predictors of having no or partial companionship at birth were: lower income and education, brown color of skin, using the public sector, multiparity, and vaginal delivery. Implementation of companionship was associated with having an appropriate environment, and clear institution
al rules about women’s rights to companionship. La evidencia de los beneficios del apoyo continuo durante
el parto llevó a la recomendación de que fuera
ofrecido a todas las mujeres. En Brasil, se les garantiza
a las mujeres por ley desde 2005, pero hay escasos datos
sobre su aplicación. El objetivo fue estimar la frecuencia
y factores asociados (socio-demográficas, obstétricos e
institucionales) de las mujeres que tienen acompañantes
durante el parto en la encuesta Nacer en Brasil. Una
vez realizado el análisis estadístico descriptivo para
la caracterización de los acompañantes (en diferentes
momentos del parto), factores maternos e institucionales;
las asociaciones investigaron los modelos bivariados
y multivariados. El 24,5% de las mujeres no tenía ningún acompañante, el 18,7% tenían acompañantes
continuos y el 56,7% los tenía parcialmente. Predictores
independientes de no tener acompañantes o tenerlos
parcialmente fueron: bajos ingresos y educación, color
moreno de piel, usar el sector público de sanidad, la
multiparidad y el parto vaginal. La implementación de
acompañantes se asoció con un ambiente adecuado, y
normas institucionales claras sobre los derechos de las
mujeres al acompañante.