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Síndrome da meningite asséptica por enterovírus e Leptospira sp em crianças de Salvador, Bahia.
Aseptic meningitis syndrome due to enterovirus and Leptospira sp in children of Salvador, Bahia
Registro en:
SILVA, H. R. et al. Síndrome da meningite asséptica por enterovírus e Leptospira sp em crianças de Salvador, Bahia. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 35, n. 2, p. 159-165, 2002.
0037-8682
Autor
Silva, Hagamenon R
Tanajura, Gustavo Mustafa
Tavares-Neto, José
Gomes, Maria de Lourdes Contente
Linhares, Alexandre da Costa
Vasconcelos, Pedro F C
Ko, Albert Icksang
Resumen
Objetivando verificar a freqüência de enterovírus (EV), leptospiras e arbovírus como agentes causais
da síndrome da meningite asséptica (SMA), em períodos não-epidêmicos, e comparar os pacientes com e
sem diagnóstico etiológico determinado, foram selecionados 112 pacientes de idade entre 3 meses e 15 anos,
com suspeita clínica de SMA, referenciados para Hospital Couto Maia, especializado em Doenças Infecciosas
e Parasitárias (Salvador, Bahia), Em 44,6% (n=50) a etiologia foi determinada: enterovírus em 37,7% (n=42)
dos casos, pelo teste de PCR Amplicor, por cultura do líquor e/ou de fezes; a Leptospira sp. em 7,1% (n=8),
pelo método da micro-aglutinação, e nenhum caso de arbovírus foi detectado (inibição da hemaglutinação
passiva). Entre os 14 enterovírus dos 22 isolados, foram identificados seis diferentes sorotipos, sendo o
Echovirus-4 predominante (27,2%; 6/22) entre outros (Coxsackie B2, B3, B6 e B9; EV 71). Conclui-se que, os
enterovírus foram os agentes mais freqüentes, e que a leptospirose deve ser lembrada no diagnóstico diferencial
da SMA. Uma vez que as características clínicas e liquóricas dos pacientes dos grupos com e sem determinação
do agente etiológico foram semelhantes, pode-se supor que o diagnóstico presuntivo de SMA é de provável
etiologia viral ou pela leptospira For the purpose of identifying the frequency that enterovirus, leptospires, arbovirus cause aseptic
meningitis syndrome (AMS) during non-epidemic periods and comparing patients with and without laboratory
evidence for an etiologic agent, 112 patients were selected aged between 3 months and 15 years and a clinical
suspicion of AMS and were referred to Couto Maia Hospital, the Infectious and Parasitic Disease Reference
Center for Salvador, Bahia. In 44.6% (n=50), the etiologic agent for the diagnosis was laboratory-confirmed:
enterovirus was identified in 37.7% (n=42) of the cases by the PCR Amplicor diagnostic kit, cerebrospinal fluid
or fecal culture isolation; Leptospira sp. in 7.12% (n=8) by the microagglutination test; and arbovirus in non of
the cases by inhibition of passive hemagglutination. In 14 of the 22 enteroviral isolates that were evaluated, 6
different serotypes were identified with Echovirus-4 being the major serotype (27.2%; 6/22) among all found
(Coxsackie B2, B3, B6 and B9; Enterovirus 71). In conclusion, enteroviruses were the most frequent etiologic
agent of AMS and that leptospirosis should be included in the differential diagnosis. In addition, patients with
and without laboratory-confirmed identification of the etiologic agent had similar demographic and clinical
characteristics and cerebrospinal fluid findings (p >0.05), therefore suggesting that patients without a confirmed
diagnosis had enteroviral or leptospiral etiologies.