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Apoio e formação: narrativas reflexivas sobre a dupla função de apoiador institucional e facilitador de aprendizagem
Registro en:
DINIZ, Denise Scofano; TEIXEIRA, Eliane dos Santos. Apoio e formação: narrativas reflexivas sobre a dupla função de apoiador institucional e facilitador de aprendizagem. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Diniz, Denise Scofano
Teixeira, Eliane dos Santos
Resumen
Apoio local do MS de 2011 a 2016 e, facilitador de aprendizagem do curso GES-SUS, de 2013 a 2014. A dupla função exercida pelas autoras e seus efeitos: apoiadoras locais do Programa SOS Emergências e facilitadoras de aprendizagem do Curso GES-SUS. Realizar reflexões sobre os efeitos da dupla função - apoio institucional e facilitador de aprendizagem - em dois hospitais do SUS, a partir da perspectiva Paideia. E também traçar paralelo entre dinâmica dos grupos de cada hospital, identificando o quanto as unidades se beneficiaram desta inserção. Os instrumentos de pesquisa foram os respectivos diários de campo usados para registro das autoras, no Curso GES-SUS. Estes registros foram analisados sob a perspectiva dos seguintes conceitos: apoio Paideia, clínica ampliada e formação profissional (Campos, 2000; 2013), imaginário, vínculo grupal e projeto em comum (Enriquez, 1994), formações intermediárias e o papel da liderança (Kaës, 2001; 2011) e cooperação (Dejours, 2004). E para identificar os hospitais, usaram-se os codinomes Hα e Hβ. O Programa SOS Emergências mobilizou dois espaços: o Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar-NAQH (colegiado) e o GES-SUS para a formação em gestão. Os temas abordados no curso deveriam ser tratados no NAQH visando sua devida implantação. O NAQH-Hα pouco discutiu os temas do GES, colocando em questão a potência do Programa e do curso. O NAQH-Hβ conseguiu aproveitar e implantar os resultados do GES, propiciando maior protagonismo dos profissionais para outras ações, mesmo após o término deste. Baseou-se no “Apoio Paideia” (Campos, 2002) para estabelecer elo entre o apoio local e o facilitador de aprendizagem. Observou-se que parte do Hα viu a oferta do MS como possibilidade de fechar a Emergência e outra parte, como reconhecimento pelo trabalho. Já o Hβ a recebeu pela perspectiva da oportunidade de melhoria da assistência do hospital. Assim, o Hβ se tornou mais receptivo do que o Hα, às propostas discutidas e acordadas nos respectivos NAQHs para a execução dos produtos do GES. A referida dupla função se deu conforme o ideário do Apoio Paideia (Campos, 2013), no circuito NAQH e GES. Estes, por sua vez, exerceram uma “função intermediária”, acolhendo expectativas e “imprevistos”, conforme Kaes (2012). Embora nem todos os resultados estejam dentro do esperado (prescrito) pelo MS (Dejours, 2012), cada grupo avançou em função de suas próprias dinâmicas e do grau de autonomia das respectivas apoiadoras-facilitadoras.