Dissertation
Fatores associados ao óbito por influenza A(H1N1)pdm09 na epidemia de 2016 no Brasil
Registro en:
SANTANA, Wesllany Sousa. Fatores associados ao óbito por influenza A(H1N1)pdm09 na epidemia de 2016 no Brasil. 2021. xv, 67 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Teresina, 2021.
Autor
Santana, Wesllany Sousa
Resumen
INTRODUÇÃO: A gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade, com distribuição global e representa uma das maiores preocupações das autoridades sanitárias, por sua elevada transmissibilidade e potencial de gerar epidemias e pandemias, graças à capacidade de mutação antigênica do vírus Influenza A. A influenza causa grande repercussão social e econômica, é responsável por elevadas taxas de hospitalização, podendo evoluir para quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbito, principalmente entre pessoas com comorbidades e condições prévias associadas. OBJETIVOS: Analisar os fatores associados ao óbito na epidemia por Influenza A(H1N1)pdm09 no ano de 2016, no Brasil. MÉTODOS: Estudo analítico do tipo caso-controle realizado com os casos de SRAG por Influenza A(H1N1)pdm09 confirmados laboratorialmente pela metodologia de RT-PCR em tempo real no Brasil durante o ano de 2016, foram considerados casos os pacientes que evoluíram para óbito e controles os pacientes que evoluíram para cura. O banco de dados do SINAN Influenza Web foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde e não foi necessária a submissão ao Comitê de Ética, pois o estudo teve como fonte dados secundários. Nos casos confirmados para Influenza A(H1N1)pdm09 foram realizadas análises bivariadas e multivariadas. RESULTADOS: Em 2016 a investigação laboratorial foi realizada na maioria dos casos de SRAG notificados no Brasil, o vírus Influenza A(H1N1)pdm09 foi o agente mais frequentemente identificado. Dentre os 42.633 casos notificados, 37.595 (82,2%) foram investigados laboratorialmente e 12.600 (33,5%) foram confirmados para algum vírus respiratório. O vírus influenza A(H1N1)pdm09 foi identificado em 8.796 casos (23,4%) com 2.017 (22,9%) mortes associadas, a letalidade por Influenza A(H1N1)pdm09 foi crescente com a elevação das faixas etárias e superior a letalidade geral por SRAG 7.546 (18,9%). A vacinação contra influenza se apresentou como um fator protetor contra o óbito. Obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares foram associadas a taxas de letalidade significativamente maiores em adultos. Em pacientes com mais de 65 anos, doenças respiratórias e doenças renais pré-existentes aumentaram o risco de óbito. A gestação foi associada a uma maior taxa de letalidade. Alterações no padrão radiográfico de tórax foram um importante preditor de morte. Neste estudo não houve significância estatística em relação ao uso do oseltamivir e uma menor chance de óbito. CONCLUSÕES: O vírus influenza A(H1n1)pdm09 foi responsável pela maioria dos óbitos por SRAG, exceto nos menores de um ano, nestes o vírus sincicial respiratório foi o maior responsável pela evolução fatal. Os óbitos por SRAG e por SRAG confirmada para influenza A(H1N1)pdm09 elevam à medida que a idade cresce, e na presença de comorbidades e condições prévias. Foi demonstrado que alterações no padrão de raio x de tórax, elevam a letalidade. A imunização contra gripe diminuiu a letalidade da influenza em todas as faixas etárias estudadas INTRODUCTION: Influenza is an acute viral infection of the respiratory system, highly transmissible, with global distribution and represents one of the greatest concerns of health authorities, due to its high transmissibility and potential to generate epidemics and pandemics, thanks to the Influenza A virus' capacity for antigenic mutation. Influenza causes great social and economic repercussions, it is responsible for high rates of hospitalization and may progress to Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) and death, especially among people with comorbidities and previous conditions associated. OBJECTIVES: To analyze the factors associated with death in the Influenza A(H1N1)pdm09 epidemic in 2016, in Brazil. METHODS: Analytical case-control study carried out with cases of SARS by Influenza A(H1N1)pdm09 laboratory-confirmed by the real-time RT-PCR methodology in Brazil during the year 2016, patients who progressed to death were considered cases, and controls the patients who progressed to cure. The SINAN Influenza Web database was made available by the Ministry of Health and submission to the Ethics Committee was not necessary, as the study had secondary data as source. In cases confirmed for Influenza A(H1N1)pdm09, bivariate and multivariate analyzes were performed. RESULTS: In 2016, laboratory investigation was performed in most cases of SARS reported in Brazil, the Influenza A(H1N1)pdm09 virus was the most frequently identified agent. Among the 42,633 reported cases, 37,595 (82.2%) were investigated in the laboratory and 12,600 (33.5%) were confirmed for some respiratory virus. The influenza A(H1N1)pdm09 virus was identified in 8,796 cases (23.4%) with 2,017 (22.9%) associated deaths, influenza lethality increased with increasing age groups and higher than overall SARS lethality 7,546 (18.9%). Influenza vaccination proved to be a protective factor against death. Obesity, diabetes mellitus and cardiovascular diseases were associated with significantly higher fatality rates in adults. In patients older than 65 years, pre-existing respiratory diseases and kidney diseases increased the risk of death. Pregnancy was associated with a higher fatality rate. Changes in the chest radiographic pattern were an important predictor of death. In this study, there was no statistical significance regarding the use of oseltamivir and a lower chance of death. CONCLUSIONS: The influenza A(H1n1)pdm09 virus was responsible for most deaths from SARS, except for those under one year of age, in which the respiratory syncytial virus was most responsible for the fatal outcome. Deaths from SARS and from SARS confirmed for influenza A(H1N1)pdm09 increase with increasing age, and in the presence of comorbidities and previous conditions. Changes in the chest x-ray pattern have been shown to increase lethality. Influenza immunization decreased influenza lethality in all age groups studied
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