TCC
Raça e violência obstétrica no Brasil
Race and obstetric violence in Brazil
Registration in:
LIMA, Kelly Diogo de. Raça e violência obstétrica no Brasil. 2016. 24, ilus f. TCC (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2016.
Author
Lima, Kelly Diogo de
Abstract
Objetivou-se comparar as características sociodemográficas de mulheres segundo cor/, com foco nas mulheres negras e analisar os tipos mais comuns de agressões a elas infringidas na assistência ao parto pelo Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com dados provenientes da pesquisa Rede Cegonha do Ministério da Saúde. Por meio de inquérito telefônico, foram realizadas entrevistas com puérperas que receberam atendimento no ano de 2013. No estudo, foi observado os piores indicadores sociodemográficos nos grupos de pardas, negras e indígenas se comparadas as mulheres de cor/raça branca. As violências mais comuns foram a episiotomia, a manobra de Kristeller e o impedimento de um acompanhante no momento do parto. No estudo, houve um excesso de mulheres de cor parda que referiram ter sofrido toques vaginais repetitivos. Conclui-se que, muitas das intervenções usadas na rotina de um parto são desnecessárias ou mesmo prejudiciais à mulher, sendo assim, violentas. Desta forma, é necessário que haja uma maior discussão sobre um modelo de assistência ao parto que se paute em um maior protagonismo da mulher, nos seus desejos e nas suas histórias de vida