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Da sensibilidade primitiva como categoria cognitiva: anti-intelectualismo e anti-racionalismo em Monteiro Lobato
Registro en:
LOUREIRO, G. D. Da sensibilidade primitiva como categoria cognitiva: anti-intelectualismo e anti-racionalismo em Monteiro Lobato. In: JORNADA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E SAÚDE, 2., 2013, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2013.
Autor
Loureiro, Goshai Daian
Resumen
“Um país é feito de homens e livros”. Lobato talvez seja tão conhecido por essa frase quanto por suas histórias infantis, ao menos entre os seus leitores e admiradores. A frase se encontra originalmente nas primeiras linhas do sexto capítulo de América, novela publicada pelo autor em 1932. Curiosamente, o sentido da frase ali é sensivelmente distinto do que se lhe atribui hoje em dia. Ao longo do tempo os comentadores do livro sempre o tomaram como reflexo da fascinação de Lobato pelo progresso material norte-americano. Cumpre assinalar o modo como o primitivismo de Lobato, reelaborado pela sua vivência nos Estados Unidos, ofereceu-lhe uma saída à tensão entre erudição e ação, literatura e vida social, na qual se encerrava em meados dos anos 20; e que o saldo deste primitivismo, além do reforço à sua faceta empresarial, foi um impulso decisivo à formulação de um projeto literário para suas histórias infantis. “A country is made of men and books”. Lobato is perhaps as well known for this phrase as for his children's stories, at least among his readers and admirers. The phrase is originally found in the first lines of the sixth chapter of América, a novel published by the author in 1932. Curiously, the meaning of the phrase there is significantly different from what is attributed to it today. Over time, the book's commentators have always taken it to reflect Lobato's fascination with American material progress. It is worth noting the way in which Lobato's primitivism, re-elaborated by his experience in the United States, offered him a way out of the tension between erudition and action, literature and social life, in which he ended up in the mid-1920s; and that the balance of this primitivism, in addition to reinforcing his entrepreneurial facet, was a decisive impetus to the formulation of a literary project for his children's stories.