Article
Aspectos fisiopatológicos do envelhecimento humano e quedas em idosos
Pathophysiological aspects of human aging and falls in the elderly;
Aspectos fisiopatológicos del envejecimiento humano y caídas en adultos mayores
Registro en:
ESQUENAZI, Danuza; SILVA, Sandra Boiça da; GUIMARÃES, Marco Antonio. Aspectos fisiopatológicos do envelhecimento humano e quedas em idosos. Revista HUPE, v.13, n.2, p.11-20, 2014.
10.12957/rhupe.2014.10124
Autor
Esquenazi, Danuza
Silva, Sandra Boiça da
Guimarães, Marco Antonio
Resumen
As quedas são um problema de saúde pública entre os idosos, em vista da mortalidade, morbidade e dos custos social e econômico. O tema é muito valorizado pela gerontologia e uma fonte de preocupação para os pesquisadores dessa área, principalmente quando pessoas denominam esse evento como sendo normal e próprio do processo de envelhecimento. Queda pode ser definida como um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial. Pessoas de todas as idades apresentam risco de sofrer queda. Porém, para os idosos, elas possuem um significado muito relevante, pois podem levá-lo à incapacidade, injúria e morte. Seu custo social é imenso e torna-se maior quando o idoso tem diminuição da autonomia e da independência ou passa a necessitar de institucionalização. Sabe-se que é elevado o número de idosos que caem e que mudam radicalmente sua vida cotidiana, tanto pela queda em si, como pelo temor de uma nova ocorrência, restringindo suas atividades, aumentando o isolamento social e o declínio na saúde, repercutindo no risco de serem institucionalizados. Dentre os fatores de risco, aqueles de maior ocorrência são a deterioração da visão, uso simultâneo de medicamentos (especialmente diuréticos e psicoativos) e flexibilidade reduzida (quadril e tornozelos), fatores estes que deveriam ser considerados em programas para prevenção de quedas em idosos. Além de prejuízo físico e psicológico, esses acidentes geram um aumento dos custos com cuidados de saúde, expressos pela utilização de serviços especializados e aumento de hospitalizações. Assim, são numerosos os estudos que analisam as quedas em idosos, tanto no que diz respeito à epidemiologia, etiologia e fatores de risco associados, como em relação às consequências desses eventos. O presente estudo teve como objetivo fazer uma revisão sobre o histórico de quedas em idosos e sugerir de que forma a fisioterapia interferirá para minimizar a ocorrência das mesmas. The natural aging process involves several biological changes that are inherent to organisms and occur on a
gradual basis, due to evolutionary needs. This study focuses on the way age-related anatomical and physiological
alterations are closely related to the risk of falls in the elderly. Initially, we show how these alterations, which start
at the beginning of adult life, shall only acquire, due to the redundant composition of organic systems, relevance
and functional significance when the decline either reaches a considerable extension or is associated with the
emergence of pathologies. The speed of such a decline depends on several factors, both genetic and epigenetic
ones, which shall determine the organism’s response to stimuli. Our goal was to analyze the organic systems
closely associated with the risk of falls in physiological aging, such as visual and vestibular system, central nervous
system (CNS), cardiovascular system and musculoskeletal and bone systems. Thus, we initially addressed the factors responsible for a reduction in the ability to keep stability and posture, the ability to transpose obstacles,
visual acuity, and vestibular function. In particular, we highlighted the alterations of the musculoskeletal and
bone systems, which are responsible for locomotion and flexibility. Age-related atrophy and muscular weakness
may lead to sarcopenia, a syndrome with serious consequences for the elderly, which results in a significant
number of falls and fractures. We also discuss how both structural and functional physiological modifications of
the cardiovascular system during aging act as adaptive mechanisms for the compensation of further overload.
Some extrinsic factors, such as the use of diuretic and antihypertensive drugs, which are often administrated to
elderly affected by cardiovascular diseases, also influence the compromised postural stability, thus contributing
to the high prevalence of falls in this population, possibly with serious consequences, including death. Finally,
we analyze the neurological alterations observed during life emphasizing aspects related to the system which
maintains human balance. In association with motor disturbances, such as in strength and balance, these changes
use to lead to disabilities and offer a higher risk of morbidity and mortality among elderly, particularly when
those result from falls. El proceso natural del envejecimiento implica numerosas transformaciones biológicas inherentes a los organismos,
que ocurren de manera gradual e impulsada por necesidades evolutivas. Este artículo aborda cómo las alteraciones
anatómicas y fisiológicas propias del envejecimiento están estrechamente relacionadas con el riesgo de caídas
en adultos mayores. Comenzamos mostrando cómo esas modificaciones, que se dan en el inicio de la vida adulta,
debido a la composición redundante de los sistemas orgánicos, sólo se vuelven importantes y funcionalmente
significativas cuando el declive alcanza una extensión considerable o se asocia a la aparición de patologías. La
velocidad de este declive depende de varios factores, genéticos y epigenéticos, que determinarán la respuesta
del organismo a los estímulos. Intentamos analizar los sistemas orgánicos más concernidos con el riesgo de
caídas por el envejecimiento fisiológico, tales como: sistema visual y vestibular; sistema nervioso central (SNC)
y cardiovascular; sistema músculo esquelético y óseo. De esta forma, tratamos primeramente los factores
responsables por la disminución de la capacidad para mantener la estabilidad y la postura, la transposición de
obstáculos, la acuidad visual y la función vestibular. Se hizó énfasis en las alteraciones de los sistemas músculo
esqueléticos y óseo, responsables por la locomoción y flexibilidad del cuerpo. La atrofia y la debilidad muscular
propias de la edad pueden llevar a la sarcopenia, un síndrome con graves consecuencias para los adultos mayores
y responsable por un número substancial de caídas y fracturas. También discutimos cómo las modificaciones
fisiológicas estructurales y funcionales del sistema cardiovascular, que se dan en el envejecimiento, actúan como
mecanismos adaptativos compensatorios en las situaciones de sobrecarga. Factores extrínsecos, como el uso de
medicamentos diuréticos y antihipertensivos administrados con frecuencia en adultos mayores con enfermedades
cardiovasculares, también influyen en el déficit de estabilidad postural, contribuyendo a la alta prevalencia de
caídas en esta población, pudiendo causar serias consecuencias, incluso la muerte. Finalmente, analizamos las
alteraciones neurológicas observadas a lo largo de la vida, enfatizando en los aspectos que se refieren al sistema
que mantiene el equilibrio humano. Al asociarlas a transtornos motores, como fuerza y equilibrio, tales alteraciones
muchas veces son incapacitantes y presentan un mayor riesgo de morbimortalidad en la población adulta mayor,
sobre todo si fueron resultantes de caídas.