A experiência de formação integrada para a vigilância em saúde do trabalhador ocorreu de 2014 a 2017. Formação em vigilância da exposição ocupacional ao benzeno em postos de revenda de combustíveis. Abordar a proposta metodológica de formação integrada, a partir do caso da exposição ao benzeno em postos de revenda de combustíveis, descrevendo necessidades, conflitos e rupturas ao buscar caminhos para aprimorar a formação de pesquisadores, trabalhadores e profissionais da vigilância no SUS. O método de formação integra profissionais de saúde, pesquisadores e estudantes da pós-graduação e trabalhadores, num processo que inter-relaciona componentes de produção do conhecimento-ensino-serviço, pesquisa e intervenção, enquanto estratégia integrativa de diversas modalidades de saberes interdisciplinares que qualificam a compreensão da exposição ao benzeno em trabalhadores e potencializa a vigilância, pelo monitoramento dos efeitos à saúde e da exposição nos ambiente de trabalho. A experiência de formação para vigilância em rede abrangeu 5 estados (BA, RJ, RS, SC, SP), com articulação de pesquisas, cursos, campanhas de abastecimento no automático, prevenção de riscos, e organização dos trabalhadores. Essas ações orientaram a intervenção, avaliação de saúde, do processo de trabalho e da exposição ocupacional e ambiental. Em 2017, os estudos e vigilâncias fundamentaram a elaboração de um dossiê temático, com recomendações para assistência e vigilância em saúde. A proposta buscou incorporar ao processo de aprendizagem as vivências com os trabalhadores, serviços e ambientes de trabalho. Entretanto, apesar da interação em rede e estratégias teórico-conceituais, ainda persistem limitações relacionadas à dinamica processual da formação para vigilância, que não se restrigem apenas às questões técnicas operacionais, mas também a conflitos de interesses e enfrentamento técnico-político. A formação integrada atualizou concepções, métodos e técnicas que orientam a práticas da vigilância da exposição ao benzeno em postos de combustíveis. E o desenvolvimento integrado de ensino, pesquisa e intervenção possibilitou experimentar estratégias que buscam superar o agir em saúde e o saber científico fragmentado e desarticulado, para um processo formativo teórico e prático unificado, para qualificar a intervenção nos ambientes de trabalho.