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Qualidade do pré-natal no Brasil: contribuições de usuárias entrevistadas pela Ouvidoria do SUS
Registro en:
MELQUIADES, Julianne Melo dos Santos et al. Qualidade do pré-natal no Brasil: contribuições de usuárias entrevistadas pela Ouvidoria do SUS. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Melquiades, Julianne Melo dos Santos
Melo, Camila Pimentel Lopes de
Moreira, Rafael da Silveira
Silva, Jonatan Willian Sobral Barros da
Bezerra, Hassyla Maria de Carvalho
Vieira, Sémares Genuíno
Duarte, Késia Valentim do Nascimento
Resumen
O Pré-Natal contribui na detecção precoce de desfechos desfavoráveis e medidas oportunas controlando os fatores de risco, proporcionando uma assistência adequada para a Saúde da Mulher e da Criança. O Programa Rede Cegonha através dos seus componentes: pré-natal, parto e nascimento; puerpério e atenção integral à saúde da criança e sistema logístico visa reduzir a mortalidade infantil e materna. Analisar a qualidade da assistência pré-natal segundo aspectos de realização de exames, orientação nas consultas e desfecho de parto oferecido às usuárias entrevistadas pela Ouvidoria SUS no Brasil que tiveram seus partos realizados em 2013 e 2014. Estudo descritivo, transversal, de base populacional com dados provenientes da pesquisa Rede Cegonha, realizada pelo MS. Foram entrevistadas 41.624 mulheres em 2013-2014, atendidas em maternidades públicas e privadas conveniadas ao SUS. As entrevistas ocorreram por telefone contidos nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH). A coleta dos dados ocorreu por meio de questionário estruturado com questões relativas ao perfil sóciodemográfico e de cuidados relacionados ao pré-natal. A análise dos dados foi realizada através do Software IBM SPSS Statistics versão 21. O acesso aos dados foi permitido através de um convênio entre o Departamento de Ouvidoria Geral do SUS (DOGES) e o IAM. 90,4% tiveram sua pressão aferida, 86,6% fizeram exame de urina, 88,8% coletaram exame de sangue; 46,6% tiveram conversas de pré-natal, 27,5% foram orientadas sobre a lei do acompanhante, 50,5% informadas sobre o plano de parto, 39,4% receberam esclarecimento sobre os tipos de parto, 26,1% benefícios dos partos, 34,8% direito à anestesia, 56,6% informadas antecipadamente sobre o local do parto e 92,1% dos acompanhantes consideram o tratamento ruim. As que não receberam informação de pré-natal com maior frequência: mulheres 34,3% Região Norte; faixa etária 20-39 anos 32,85%, estado civil casada 32,9%, escolaridade nível médio completo 33%, não ter renda 34% e não ter plano de saúde 31,9%. O pré-natal no Brasil tem se destacado pelo acesso ao SUS e parte técnica que tem sido realizada; contudo, precisa melhorar a parte social da informação que gera orientação para as gestantes. O profissional precisa orientar as mulheres e informá-la de seus direitos, além de realizar a escuta empática das vontades, desejos e anseios das gestantes durante todo o pré-natal, parto e nascimento.