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Reação de fixação do complemento na Doença de Chagas, com antígeno alcoólico de cultura do "Schizotrypanum cruzi"
Registro en:
ROMAÑA, Cecilio; DIAS, Emmanuel. Reação de fixação do complemento na Doença de Chagas, com antígeno alcoólico de cultura do "Schizotrypanum cruzi". Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 37, n. 1, p. 1-10, 1942.
0074-0206
10.1590/S0074-02761942000100001
1678-8060
Autor
Romaña, Cecilio
Dias, Emmanuel
Resumen
Recebido para publicação a 31 de dezembro de 1941 e dado à publicidade em abril de 1942. Trabalho do Serviço de Estudo das Grandes Endemias do Instituto Oswaldo Cruz (Manguinhos) - Superintendente interino: Professor Carlos Chagas Filho. Os autores passam em revista os diferentes antígenos até agora empregados na reação de fixação do complemento na moléstia de Chagas. Propõem o uso de um antígeno alcoólico feito com culturas de S. cruzi, assim preparado: lavam três vezes os flagelados das culturas com soro fisiológico; juntam acetona pura (10 vezes o volume do depósito) e deixam 24 horas agitando freqüentemente; centrifugam, desprezam o líquido e secam o depósito a 37°; pesam, trituram e juntam álcool absoluto na quantidade 1 cm³ por cada centigramo; conservam a 37° durante 20 dias, agitando diariamente; para uso, diluem o álcool límpido na água fisiológica aos poucos e sob constante agitação. A reação foi praticada com 83 soros humanos, sendo positiva em 96,3% dos casos de doença de Chagas e em 81,8% dos casos de leishmaniose tegumentar, doença cujo agente etiológico tem estreitas afinidades com S. cruzi. Em 81 soros a reação foi feita paralelamente com a R. W., obtendo-se apenas 4 vezes a positividade de ambos os testes. Os primeiros resultados das reações feitas com este antígeno podem ser considerados bastante favoráveis, sendo entretanto necessária uma maior experiência para se ajuizar do valor real da reação no diagnóstico da moléstia de Chagas.