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Promoção da saúde e governança territorial democrática: desafios nas favelas de Manguinhos
Registro en:
LIMA, André Luiz da Silva. Promoção da saúde e governança territorial democrática: desafios nas favelas de Manguinhos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Lima, André Luiz da Silva
Resumen
O projeto em questão, instituído em 2016, ainda encontra-se em andamento. Governança Territorial Democrática em territórios urbanos socioambientalmente vulnerabilizados: Manguinhos enquanto um estudo de caso. O projeto em questão se organiza na perspectiva de investigar modelos, conceitos e boas práticas em governança, de base territorial, que estejam em sintonia com os preceitos de promoção da saúde e do desenvolvimento sustentável e equânime. Esta pesquisa filia-se à lógica da pesquisa-ação e da produção compartilhada de conhecimentos. A população de Manguinhos não aparece nas ações como ‘objeto’, ou sujeito passivo, mas coautora de questões, proposições e insights metodológicos. As reflexões são também acompanhadas de intervenções no território em questão, na qual exemplarmente podemos citar o curso de Estratégias para Territorialização de Políticas Públicas em Favelas, que incorporou reflexões da investigação em questão. O processo de pesquisa ação sobre o eixo Governança Territorial Democrática se alinha com os outros eixos do Projeto de Promoção de Territórios Urbanos Saudáveis: Violência e Saúde; Observatório da Sub- Bacia Hidrográfica do Canal do Cunha, Comunicação Crítica e Cultura, desdobrando-se em uma série de eventos. Os eixos atuam na conformação e fortalecimento dos grupos populares de modo que possam se articular em redes intra e supra locais, em ações de curto, médio e longo prazo. O presente projeto analisado em conjunto com experiências anteriores da Fiocruz colabora para a conformação de um cabedal de boas práticas e lições aprendidas, na qual a perspectiva de atuar em cooperação vem se consolidando. Não se trata de aparelhamento, ações de reponsabilidade social ou de assistência, mas na emergência de um conjunto de ações pautadas pelo reconhecimento da potência nas práticas e saberes advindos dos grupos populares, respeitando suas agendas, prioridades e temporalidades. Não é de hoje que projetos de intervenção ou estudos em Saúde Coletiva apontam dificuldades para o estabelecimento de ações intersetoriais. Induzir, assessorar e cooperar no estabelecimento de um arranjo de Governança Territorial Democrática numa favela carioca traz consigo uma série de desafios, em especial, de como mobilizar e sensibilizar outros setores das políticas públicas a moverem-se em direção da promoção da saúde e do desenvolvimento territorial.