Esta dissertação de mestrado nasceu da experiência clínica (psicológica) com pacientes soropositivos para HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ocorridos no INI/FIOCRUZ, objetivando realizar uma análise sobre os significados atribuídos pelos pacientes ao diagnóstico de HIV e como estes se encontram implicados com a adesão ao tratamento. Para tanto, considerou-se a existência secular das relações entre os seres humanos e os agentes infecciosos, destacando a entrada do vírus HIV e sua repercussão nos estudos sobre as doenças infecciosas. Esta relação secular é marcada pela busca de seu controle ou sua erradicação, mas também por significados simbólicos e sociais construídos em torno dos temores de se deparar com a doença e a finitude humana, inscrevendo-se na história subjetiva daquele que recebe o diagnóstico da doença infecciosa (HIV), ganhando um significado singular, mesmo tendo como substrato o meio sociocultural, comum a todos que partilham o mesmo grupo social. A adesão surge neste quadro como uma importante resposta da ciência biomédica para o controle da infecção pelo vírus HIV, todavia diversos fatores atravessam esta ação, entre eles o significado atribuído a este diagnóstico, podendo levar a dificuldades dos pacientes seguirem esta prescrição, mesmo tendo o conhecimento dos riscos para sua saúde, inclusive a possibilidade de óbito. O estudo constou de uma pesquisa bibliográfica realizada conjuntamente com uma investigação de campo através de pesquisa clínico-qualitativa, com a utilização de entrevistas com os pacientes que fazem adesão à TARV (Terapia Antirretroviral Combinada) e os que não o fazem. Buscou-se verificar, por intermédio da Análise do Conteúdo, a relação entre os significados atribuídos por estes ao diagnóstico de HIV e a adesão ao tratamento medicamentoso.This master's dissertation was born from clinical (psychological) experience with HIV (Human Immunodeficiency Virus) -positive patients at INI/FIOCRUZ, aiming to perform an analysis of the meanings attributed by patients to HIV diagnosis and how they are implicated in adherence to treatment. In order to do so, we have considered the existence of human relationships with infectious agents, highlighting the entry of the HIV virus and its repercussion in studies on infectious diseases. This secular relationship is marked by the search for its control or its eradication, but also by symbolic and social meanings built around the fears of coming across disease and human finitude, subscribing within the subjective story of the one who receives the diagnosis of the infectious disease (HIV), gaining a singular meaning, even if it tends to substrate the sociocultural environment, common to all those who share the same social group. The adherence arises in this context as an important response of biomedical science to the control of HIV infection, however several factors cross this action, among them the significance attributed to this diagnosis, and may lead to difficulties for patients to follow this prescription, even though having knowledge of the risks to their health, including the possibility of death. The study consisted of a bibliographical research carried out together with a field investigation through clinical-qualitative research, with the use of interviews with patients who are adherent to TARV (Combined Antiretroviral Therapy) and with the ones who do not. We sought to verify, through Content Analysis, the relationship between the meanings attributed by them to the diagnosis of HIV and adherence to medical treatment.