Thesis
Sibilância recorrente após bronquiolite viral aguda pelo vírus sincicial respiratório
Recurrent wheezing after bronchiolitis acute viral respiratory syncytial viruses
Registro en:
SILVA, Rita Elizabeth Checon de Freitas. Sibilância recorrente após bronquiolite viral aguda pelo vírus sincicial respiratório. 2007. 104 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
Autor
Silva, Rita Elizabeth Checon de Freitas
Resumen
O Vírus Sincicial Respiratório é considerado o principal agente etiológico das infecções respiratórias agudas do trato inferior em crianças menores de dois anos de idade, sendo a bronquiolite viral aguda a principal delas. Além de causar uma elevada morbidade na fase aguda, a bronquiolite pelo Vírus Sincicial Respiratório tem sido associada a problemas respiratórios em longo prazo, especialmente, a sibilância recorrente.
Este estudo teve como objetivos determinar a taxa de incidência de sibilância recorrente após um quadro de bronquiolite pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma amostra de crianças menores de um ano atendidas em Pronto-Socorro e sua eventual associação com diferentes fatores de risco. A análise dos dados foi realizada por meio do modelo linear generalizado com distribuição de Poisson e função de ligação logarítmica.
Setenta e seis crianças foram acompanhadas, por um período de dois anos e meio. A mediana da idade foi de um mês e meio; 58% eram pacientes do sexo masculino; em 68% dos casos havia um familiar com infecção respiratória aguda no domicílio; 91% das mães não fumaram na gravidez e em 35,5% dos casos havia um familiar fumante no domicílio. A
média de anos de escolaridade para pai e mãe foi de oito anos; havia em média cinco habitantes por domicílio e três pessoas dividindo o mesmo quarto de dormir do paciente. Sessenta e dois por cento dos pacientes foram hospitalizados durante a bronquiolite. As taxas de incidência de sibilância recorrente bruta e ajustada foram de 3,7 e 3,6 episódios
criança-ano respectivamente. As variáveis analisadas como potenciais fatores de risco foram: idade e sexo do paciente, hospitalização à época da bronquiolite, história familiar de asma e de atopia. Na análise multivariada somente sexo e história familiar de asma se mostraram independentemente associados ao desfecho. A taxa de incidência de sibilância recorrente foi 37% maior nas meninas e 41% maior em pacientes com história familiar de
asma. Conclusão: Este é o primeiro estudo brasileiro e o terceiro do mundo em desenvolvimento sobre este assunto e mostrou uma importante morbidade respiratória de crianças após um quadro de bronquiolite viral aguda pelo Vírus Sincicial Respiratório. Respiratory Sincytial Virus is the most important cause of lower respiratory tract infection in children younger than two years old. Acute viral bronchiolitis is the most relevant clinical manifestation of the Respiratory Syncytial Virus infection, with a high morbidity in the acute phase and long-term respiratory problems, especially, recurrent wheezing.
The aims of this study are to determine the incidence rate of recurrent wheezing after Respiratory Syncytial Virus bronchiolitis in children below 12 months of age, attending Emergency Rooms and to explore the putative associations with different risk factors. The statistical analysis was performed using a generalized linear model, under the Poisson distribution and linked with a logarithmic function.
Seventy six children were followed during two years and a half. The median age was a month and a half; 58% were boys; in 68% of the cases there was a person with acute respiratory infection in the family; 91% of the mothers did not smoke during pregnancy and in 35.5% of the cases there were a passive smoker in the family. Parents schooling had an average of eight years of attendance; there were five household members and three persons
sharing the patient bedroom, in average. Sixty-two percent of the patients were hospitalized in the acute phase of the bronchiolitis.
The crude and adjusted incidence rates of recurrent wheezing were 3.7 and 3.6 episodes child-year respectively. Different risk factors for recurrent wheezing were assessed, including age, gender, hospitalized treatment during bronchiolitis, parental history of asthma and atopy. In the multivariate analysis only gender and parental history of asthma were independently associated to recurrent wheezing. The incidence rate of postbronchiolitis recurrent wheezing was 37% higher among female (versus male) babies and
41% higher in children with a parental history of asthma. Conclusion: This is the first Brazilian study and the third among developing nations addressing this question, evidencing the great concern related to respiratory morbidity in children after Respiratory Syncitial Virus bronchiolitis.
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