Dissertation
Análise de sobrevida em indivíduos submetidos ao transplante renal em Hospital Universitário no Rio de Janeiro
Analysis of survival in patients underwent renal transplantation Hospital in Rio de Janeiro
Registro en:
D'ANGELES, Adriana Cristina Rodrigues. Análise de sobrevida em indivíduos submetidos ao transplante renal em Hospital Universitário no Rio de Janeiro. 2009. 71 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2009.
BR526.1; R616.614098153, D182a
Autor
D'Angeles, Adriana Cristina Rodrigues
Resumen
As doenças crônicas, com prevalência cada vez maior no Brasil, trazem consigo a
carga da perda na qualidade de vida do indivíduo, o sofrimento da família e os custos
sociais. Doenças cardiovasculares e o diabetes mellitus estão entre as de maior
mortalidade e as mais incapacitantes. A insuficiência renal crônica se caracteriza pela
perda progressiva, lenta e irreversível da função dos rins e tem como causa principal a
hipertensão arterial e/ ou diabetes mellitus. Como forma de substituir algumas das
funções renais, o transplante renal se apresenta como a modalidade que busca trazer de
volta a qualidade de vida ao indivíduo. Mas este procedimento não é isento de riscos.
Variáveis do receptor do rim como também do doador podem interferir no tempo de
vida do indivíduo transplantado.
O presente trabalho estudou as variáveis que interferem no tempo de sobrevida de
indivíduos transplantados renais de um serviço de nefrologia de hospital universitário
no Rio de Janeiro. Dos indivíduos desta amostra metade é do sexo masculino, 78%
realizavam hemodiálise antes do transplante, 32% tinham a hipertensão arterial como
doença de base, 65% receberam o órgão de doador vivo e as complicações infecciosas
foram mais frequentes no primeiro ano pós transplante. No período do estudo, entre
janeiro de 2000 e outubro de 2008, 13% foram a óbito. Analisando o tempo de
sobrevida, foram significativas: idade do receptor e doença de base. Considerando o
tempo até falência do órgão transplantado, a realização de diálise na primeira semana
pós transplante foi fator de risco significativo.
O diabetes mellitus, principal fator de risco para o óbito após o transplante, ocorre
atualmente de forma quase epidêmica. Em nosso estudo não esteve entre causas mais
frequentes. O trabalho realizado permite-nos recomendar a adequada estruturação dos
bancos de dados de serviços de transplante, de forma a permitir estratégias inovadoras
para o serviço e constante atualização da população acompanhada e também aumentar o
poder desses estudos compartilhando informações com outros serviços e pessoas
envolvidas neste campo de trabalho. Ainda que o tempo de sobrevida pós-transplante
tenha seus limites relacionados aos fatores de risco aqui identificados, a melhora na
qualidade de vida é fator importante na escolha desse tratamento. Chronic diseases, with increasing prevalence in Brazil, bring with them the
burden of loss in the individual's quality of life, the family's suffering and the costs
social. Cardiovascular diseases and diabetes mellitus are among the most
mortality and the most disabling. Chronic renal failure is characterized by
progressive, slow and irreversible loss of kidney function and its main cause is
arterial hypertension and/or diabetes mellitus. As a way of replacing some of the
renal functions, kidney transplantation is presented as the modality that seeks to bring
returns the quality of life to the individual. But this procedure is not without risk.
Variables from the kidney recipient as well as from the donor can interfere with the time of
life of the transplanted individual.
The present work studied the variables that interfere in the survival time of
kidney transplanted individuals from a nephrology service of a university hospital
in Rio de Janeiro. Of the individuals in this sample, half are male, 78%
undergoing hemodialysis before transplantation, 32% had arterial hypertension as
underlying disease, 65% received the organ from a living donor and infectious complications
were more frequent in the first year after transplantation. During the study period, between
January 2000 and October 2008, 13% died. Analyzing the time of
survival, age of recipient and underlying disease were significant. considering the
time to failure of the transplanted organ, dialysis in the first week
post-transplant was a significant risk factor.
Diabetes mellitus, the main risk factor for death after transplantation, occurs
now almost epidemically. In our study, it was not among the most
frequent. The work carried out allows us to recommend the appropriate structuring of the
transplant service databases, in order to allow innovative strategies
for the service and constant updating of the monitored population and also to increase the
power of these studies by sharing information with other services and people
involved in this field of work. Although the post-transplant survival time
has its limits related to the risk factors identified here, the improvement in
Quality of life is an important factor in choosing this treatment.
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