Dissertation
Estudo sobre violência doméstica vivenciada na infância e adolescência de mulheres abusadoras de drogas
Registro en:
CAVALCANTE, Sabine de Figueiredo. Estudo sobre violência doméstica vivenciada na infância e adolescência de mulheres abusadoras de drogas. 2008. 135 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Criança e da Mulher)-Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.
Autor
Cavalcante, Sabine de Figueiredo
Resumen
A presente pesquisa teve como objetivo investigar a violência domésticavivenciada na infância e/ou adolescência de mulheres adultas com uso abusivo de álcool e outras drogas. O método utilizou abordagens quantitativa e qualitativa. O estudo foi censitário, abrangendo todas as mulheres em atendimento no ambulatório da Superintendência de Políticas de Prevenção à Dependência Química do Estado do Rio de Janeiro no período de abril a junho de 2007. Na abordagem quantitativa foi realizado um levantamento dos dados psicossociaisdessas mulheres (n=51) e, posteriormente, aplicado um questionário estruturado (n=36), contendo áreas das seguintes escalas: Escala Tática de Conflitos (CTS),Escala de Violência Psicológica (EVP) e Escala de Trauma e Abuso Infantil (CATS). Na abordagem qualitativa, realizaram-se entrevistas de aprofundamento, história de vida, com 12 mulheres que na fase quantitativa referiram experiência de violência doméstica. Os principais resultados apresentam uma maioria de mulheres em idade produtiva, sem companheiros (78,4 por cento), sendo mães (72,5 por cento), brancas (51 por cento), com baixa escolaridade e renda; 92,2 por cento conviveram com abuso de drogas na família de origem; 84,3 por cento iniciaram o uso na infância ou adolescência, sendo 60,8 por cento com o álcool. As violências mais prevalentes foram a verbal ou simbólica (86,1 por cento), física (83,4 por cento) e sexual (80,5 por cento). A mãe foi o agente agressor mais referido quanto às violências verbais, não verbais e físicas. As conclusões apontam para a vulnerabilidade gerada por lares conflituosos e história familiar de abuso de drogas para violência doméstica e abuso de substância pela prole; bemcomo para a importância da detecção dessas ocorrências pelos profissionais desaúde em seu exercício profissional. This research aimed at investigating the domestic violence experienced in the childhood
and/or adolescence of adult women, with the improper use of alcohol and other drugs. The
methodused quantitative and qualitative approaches. The study was censitary,
encompassing every woman under care in the clinic of the Superintendência de Políticas
de Prevenção à Dependência Química do Estado do Rio de Janeiro– an Office of Policies
for the Chemical Dependency Prevention in the State of Rio de Janeiro, Brazil, in the
period of April to June 2007. In the quantitative approach, a psychosocial data survey of
these women was performed (n=51) and, afterwards, an organized questionnaire was
applied (n=36), containing areas from the following scales: Conflict Tactics Scale (CTS),
Psychological Violence Scale (PVS) and Child Abuse and Trauma Scale (CATS). In the
qualitative approach, deepening interviews about the life history were carried out with 12
women, who, in the quantitative phase mentioned that they had gone through domestic
violence. The main resultspresented a higher number of women in productive age,
without mates (78.4%), mothers (72.5%), whites (51%), with low education level and
income; 92.2% had lived with abusive drug use in their origin family; 84.3% had started the
use during their childhood or adolescence, with 60.8% of them, with alcohol. The prevalent
violence types were verbal or symbolic (86.1%), physical (83.4%) and sexual (80.5%). The
mother was the most referred to aggressor as to verbal, non verbal and physical violence
types. The conclusionspointed out to a vulnerability generated by violent homes and
family history of drug abuse for domestic violence and substance abuse by the offspring,
as well as the importance of detection of these occurrences by the health professionals,
while exercising their professions, besides the need for public policies and health services
that look at this issue. 2030-12-31