Papers presented at events
O projeto ‘saúde é meu lugar‘ – narrativas sobre vivências nos territórios da saúde
Registro en:
CESAR, Carlos et al. O projeto ‘saúde é meu lugar‘ – narrativas sobre vivências nos territórios da saúde. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Cesar, Carlos
Furtado, Luana
Gurgel, Raquel Torres
Rocco, Cristiane Saade
Bejar, Amanda de Carlos Andreani
Resumen
Janeiro de 2017 a dezembro de 2018 - Projeto em curso. Narrativas de vivências nos territórios da Saúde. Os ‘narradores‘ são os trabalhadores da Saúde que atuam nos territórios. O projeto busca reunir e circular histórias sobre relações e práticas desenvolvidas nos territórios da saúde, notadamente os processos que acontecem no cotidiano das equipes de Saúde da Família no encontro com os habitantes dos territórios. O projeto proporcionou a criação e implementação de uma plataforma na internet cuja função é reunir e disponibilizar, sem rankeamentos, seleção ou curadoria, as narrativas dos trabalhadores da Saúde que atuam nos territórios. Estas podem ser encaminhadas espontaneamente. As histórias inscritas viabilizam a realização de Mostras presenciais em todos os estados do país. Os relatos e as principais informações estão no site www.saudeemeulugar.com. A plataforma na Web abriga hoje mais de 700 relatos nos diversos formatos e oriunda de trabalhadores de todo o Brasil, principalmente de técnicos e ACS. Em 2017, aconteceram sete Mostras presenciais nas regiões Sul e Sudeste, organizadas em colaboração com as escolas de Saúde Pública que sediaram os eventos, envolvendo estudantes, professores e trabalhadores em rodas de conversa sobre temas significativos a seus locais de atuação. Em 2018, serão realizadas 20 Mostras, organizadas de modo matricial. O trabalho na saúde é multidisciplinar. Como ouvir e dar visibilidade aos trabalhadores que estão nos municípios, atuando na Atenção Básica? Como conhecer as suas histórias? Construímos um espaço virtual em que os profissionais de saúde poderiam ‘mostrar’ o que quisessem, por meio de dispositivos tecnológicos pensados como uma forma de inclusão, apropriando-se de novas formas de comunicação e de produção de diferentes registros narrativos. No momento em que o SUS atravessa talvez o período mais crítico de sua existência, a circulação de histórias de vida e de saúde nos territórios cumpre a função de oxigenar o sistema e incrementar o conhecimento da saúde democrática e inclusiva e a esperança de trabalhadores e da população. O projeto, enfim, cria uma potente rede dialógica e uma nova esfera pública de debate, como forma de incrementar e melhorar os processos formativos e de trabalho nos territórios.