O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo, estando associado com diversas doenças e, especialmente, com um aumento na incidência de aterosclerose prematura. Recentes trabalhos têm mostrado que a paraoxonase (PON), protege contra a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), que pode levar ao desenvolvimento da aterosclerose, e que alterações na atividade e concentração da enzima paraoxonase têm sido observadas em fumantes. Assim, o objetivo principal do presente estudo foi investigar uma possível interferência do tabagismo sobre a atividade da enzima paraoxonase. Para isso, foi analisado um grupo de 40 indivíduos (20 fumantes e 20 não fumantes) da cidade de Vassouras, Rio de Janeiro. A determinação da atividade paraoxonásica foi realizada a partir do método de Eckerson et al. (1983 a, 1983 b), modificado por Moraes (1997). A dosagem da enzima arilesterase foi feita a partir do método de Lorentz et al. (1979), modificado por Oliveira-Silva et al. (1998). Os dados obtidos nesta pesquisa indicam que o tabagismo pode influenciar a atividade da paraoxonase, aumentando ainda mais os riscos de desenvolvimento da aterosclerose e que o uso de anticoncepcional também pode exercer uma forte influência sobre a atividade da paraoxonase.Tobacco smoking is the most preventable cause of death, according to WHO (World Health Oganization), and it is conected to several illnesses, specially the increase of cases of premature atherosclerosis. Recent studies have shown that the paraoxonase (PON) protects low density lipoprotein against oxidation, which can lead to the development of atherosclerosis and modifications in the activity and in the concentration of the paraoxonase enzyme have been detected in smokers. The main purpose of this study was to investigate the possible interference of tobacco smoking at the paraoxonase activity. To achieve that 40 people (20 smokers and 20 non-smokers) from Vassouras, Rio de Janeiro, were analysed. The determination of the paraoxonase activity was accomplished by the Eckerson’s et al. method (1983 a, 1983 b), modified by Moraes (1997). The amount of the arislesterase enzyme was taken by the Lorentz et al method (1979), modified by Oliveira-Silva et al. (1998). The data acquired in the present research indicate that tobacco smoking can influence the paraoxonase activity and increase the risks of developing aterosclerose. It was also discovered that the use of contraceptive (birth control) can also act strongly on the paraoxonase activity.