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Detecção de resposta a fotoestimulação intermitente no eletroencefalograma utilizando o teste F-Espectral
Detecting responses to intermittent photic stimulation in the electroencephalogram using the Spectral F Test
Registro en:
INFANTOSI, Antonio Fernando Catelli; LAZAREV, Vladimir V.; CAMPOS, Denir Valencio. Detecção de resposta a fotoestimulação intermitente no eletroencefalograma utilizando o teste F-Espectral. Revista Brasileira de Engenharia Biomédica, Campinas, SP, v. 21, n. 1, p. 25-36, 2005.
1517-3151
Autor
Infantosi, Antonio Fernando Catelli
Lazarev, Vladimir V.
Campos, Denir Valencio
Resumen
A fotoestimulação intermitente (FEI) tem sido considerada um dos testes funcionais mais importantes nos exames neurofisiológicos clínicos por ser capaz de induzir, pelo mecanismo de ressonância fotorrecrutante, o surgimento de alterações patológicas não presentes no eletroencefalograma (EEG) espontâneo. Para detectar os efeitos fotorrecrutantes da FEIde 5, 8 e 12 Hz no EEG de 14 regiões cerebrais de 38 crianças e adolescentes normais de 3 a 17 anos, a técnica Teste F-Espectral (TFE) foi usada para investigar a ausência de resposta. Para cada freqüência fixa de FEI os sinais EEG adquiridos em regiões corticais homólogas, tanto anterior quanto durante estimulação, foram subdivididos em M=10 segmentos deigual duração e, então, estimados os espectros e calculado o TFE. Esta técnica indicou a existência de harmônicos da FEI para os quais a hipótese nula de ausência de resposta pode ser rejeitada (a=0,05). O TFE evidenciou mudanças estatisticamente significativas em alguns harmônicos da freqüênciade estimulação não detectáveis pelas análises temporal e espectral, normalmente empregadas. Tais achados sugerem o uso do TFE como técnica complementar aos métodos tradicionaisde detecção das respostas fotorrecrutantes, por exemplo na investigação da topografia do fotorrecrutamento e de sua composição espectral, em particular para as freqüências mais altas (sub-banda beta-2 e superiores) e nas áreas cerebrais anteriores onde a contribuição relativa de potência no EEG geralmente é mais baixa. In clinical neurophysiological examination, Intermittent Photic Stimulation
(IPS) is considered as one of the most important functional
tests. It is capable to induce in the electroencephalogram (EEG) a
manifestation of pathological alterations, which are not present in the
spontaneous activity and occurs as a result of resonance-like photic
driving mechanisms. The Spectral F Test (SFT) method was applied
to detect photic driving effects (and hence for testing an absence of
response hypothesis) of the IPS at 5, 8 and 12 Hz in the EEG of 14
brain regions of 38 normal children and adolescents (age range from
3 to 17 years). The EEG signals were acquired in homologous cortical
regions, before and during stimulation and then sectioned into
M = 10 segments of equal duration. Next, for each fixed IPS frequency,
the spectra were estimated and SFT was calculated. The results indicated
the existence of IPS harmonics for which the null hypothesis of
lack of response (H0) could be rejected (a= 0.05). Moreover, some of
these responses could not be observed in the spectral peak estimates.
These findings suggest SFT to serve as an additional method for
photic driving detection in topographic mapping more useful for
low-amplitude responses (usually within the beta-2 sub-band and
higher frequencies and in the anterior brain areas).