Dissertation
Padrões de consumo de álcool e fatores associados entre idosos brasileiros: Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 201
Registro en:
NORONHA, Beatriz Prado. Padrões de consumo de álcool e fatores associados entre idosos brasileiros: Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. 2018. 78 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Instituto René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2018.
Autor
Noronha, Beatriz Prado
Resumen
O álcool figura entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, ao lado do tabagismo, inatividade física e alimentação não saudável. Entre idosos, seu consumo pode aumentar a gravidade das doenças, afetar negativamente as relações pessoais o envolvimento social e a qualidade de vida, aumentando o risco de morte. Portanto, em um cenário de crescente envelhecimento populacional, o estudo dos padrões de consumo e identificação de grupos vulneráveis pode favorecer o desenvolvimento de políticas de promoção da saúde para esse segmento da população. O objetivo foi analisar o padrão de consumo de álcool entre idosos (60 anos ou mais) brasileiros e sua associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e condições de saúde. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 10.537 idosos (90,1%) participantes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. O consumo de bebidas alcoólicas foi classificado em não uso, uso leve/moderado e uso de risco. Utilizou-se o modelo de regressão multinomial para o estudo dos fatores associados. A prevalência para uso leve/moderado e de risco foi de 9,4% (IC95%: 8,4-10,6%) e 4,6% (IC95%: 4,0-5,3%), respectivamente. Os dois padrões de consumo foram inversamente
associados à idade, mais frequentes entre homens, mais escolarizados, fumantes e que praticavam atividade física. O consumo leve/moderado foi menos frequente entre não brancos e entre aqueles com
relato de AVC e diabetes, enquanto o consumo de risco foi menos frequente entre idosos com diagnóstico para doenças do coração e mais frequentes entre os que reportaram depressão. Esse resultado identifica perfis de maior vulnerabilidade, com pequenas diferenças entre os padrões de consumo. Essas informações devem ser consideradas na elaboração de propostas para promoção de hábitos saudáveis e controle do abuso de álcool em idosos. FAPEMIG Alcohol is one of the main risk factors for the deve
lopment of chronic
noncommunicable diseases, beside smoking, physical i
nactivity and unhealthy
diet. Among the older adults, this consumption can i
ncrease the severity of
diseases, negatively affect personal relationships,
social involvement and
quality of life, increasing the risk of death. Theref
ore, in a scenario of increasing
population aging, the study of patterns of consumptio
n and identification of
vulnerable groups may contribute to the development
of health promotion
policies for this segment of the population. The aim
was to analyze the pattern
of alcohol consumption among elderly Brazilians (60 y
ears and over) and their
association with sociodemographic factors, life habit
s and health conditions.
This is a cross-sectional study of 10,537 elderly (
90.1%) participants from the
National Health Survey of 2013. The consumption of a
lcoholic beverages was
classified as non-use, mild / moderate use and risk
use. The multinomial
regression model was used to study the associated fac
tors. The prevalence for
mild / moderate and risk use was 9.4% (95%CI: 8,4-10
,6%) and 4.6% (95%CI:
4,0-5,3%), respectively. The two consumption pattern
s were inversely
associated with age and more frequent among men, more e
ducated, smokers
and physical activity practitioners. Mild / moderat
e consumption was less
frequent among non-whites and those with a history of s
troke and diabetes,
whereas risk use was less frequent among older adults d
iagnosed for heart
disease and more frequent among those reporting depres
sion. This result
identifies profiles of greater vulnerability, with s
mall differences between two
patterns of consumption. This information should be
considered in the
preparation of proposals to promote healthy habits
and control of alcohol use in
the elderly.